Estava tudo dando mais certo do que eu tinha planejado. Eu tinha o meu próprio canal com vários inscritos mesmo sem nenhum vídeo postado - ainda -, estava com vários seguidores no Instagram, meu primeiro vídeo estava sendo editado e logo seria postado e Ian deixava explícito que daria o que eu pedisse.
Mas por algum motivo, eu me sentia mal. Não estava completamente feliz como achei que ficaria e dizia para mim mesma ser por causa de Aurora. Tentava me convencer de que o fato da minha prima e melhor amiga não estar falando comigo era o que me prendia.
Meu aniversário estava chegando e, pela primeira vez em muitos anos, eu não sabia o que ia fazer. Geralmente, ir para festas com Aurora era certo, mas naquele momento, além de ela não estar falando comigo, eu também não tinha nenhuma vontade de ir para uma festa e ficar extremamente bêbada para sair com qualquer um que me desse corda.
Durante a primeira semana desde que voltamos de Nova Iorque, eu fiquei dormindo alguns dias na casa de Ian e em nenhum deles encontrei seus pais, graças aos céus. Mas sabia que eles não aprovavam aquele namoro e ficava dizendo a mim mesma que não me importava. Afinal, nunca fui de me importar com o que os outros achavam mesmo.
- Já sabe quando vai sair o vídeo? - meu namorado perguntou fazendo massagem em meus pés.
Estávamos em seu quarto - como tinha virado costume - e eu estava deitada com as pernas em cima dele. Ian tinha cismado com meus pés desde que os vira machucados. Me fazia passar pomada toda a noite e quando não estava comigo, me ligava para ter certeza de que eu tinha passado. Os machucados estavam até melhorando.
- Disseram que, talvez, amanhã. - peguei uma pipoca do balde que ele tinha deixado em nosso meio.
- Até eu estou ansioso. - admitiu e eu ri.
- Enquanto isso, já estamos preparando outra coreografia.
- Gosto de te ver assim. - o olhei atenta - Animada. Até mesmo com o trabalho.
- Como assim? Eu sempre fui animada com meu trabalho! - fiz indignação e ele riu exageradamente, jogando a cabeça para trás.
- Faz pouco tempo, mas eu te conheço, Alessandra! - revirei os olhos e joguei uma pipoca nele, que devolveu jogando outras em mim.
- Você que vai limpar essa cama! - alertei quando começamos uma guerra idiota de pipoca.
Peguei o balde e levantei, correndo pelo quarto, fugindo de seus braços que queriam me pegar. Desviei dele por um tempo, usando as pipocas para jogar nele e o distrair, mas antes que me desse conta, estava encurralada na parede.
- Está bem, perdeu a graça. - falei brava por ter perdido e coloquei uma mão em seu peito, para o afastar.
- Você não sabe perder!
- Não sei mesmo. Vai fazer o que? - enfrentei erguendo o queixo e o vi com um sorriso de lado.
- Eu...
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Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]
RomantizmEi, não crie expectativas! Ela está longe de ser a mocinha dos livros de romance. Não. Alessandra Oliveira nunca foi a mocinha inocente que todos esperavam. Sempre foi muito ambiciosa e vaidosa. Por outro ponto de vista, poderia até ser a vilã desse...