TRINTA E OITO

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IAN

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IAN

Alessandra falou com sua tia sobre a viagem no dia seguinte de conversarmos. Demoramos quase uma semana para escolher o dia em que iríamos e qual resort ficaríamos, afinal, achar um que aceitava animais não era fácil.

Um dia antes de viajarmos, Alessandra me convenceu a dormir em seu apartamento porque queria ficar o máximo possível com sua tia. Eu não relutei, gostava de Leandra e mesmo a cama sendo bem menos espaçosa, não ficávamos exatamente apertados.

- Eu tenho é pena de você, essa menina vai te fazer passar a viagem inteira tirando fotos dela - Leandra disse enquanto jantavamos e eu ri.

- Não é exatamente uma mentira - a loira admitiu.

- Eu sei bem. Quando fomos na praia e quase nem nos conhecíamos direito ela já abusou, imagina agora - zombei. - Lembra desse dia?

Alessandra colocou uma garfada de comida na boca e demorou um tempo para responder.

- Não exatamente. Minha memória nunca foi lá essas coisas, não é?! - ela brincou.

- Eu que o diga. Tinha que ver essa menina para fazer provas. Eu estudava com ela durante uma semana inteira e ela não gravava nada.

- Eu sempre fui uma negação na escola mesmo.

- Como conseguiu completar o médio?

Alessandra ergueu uma sobrancelha para mim como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e, ao ver que não entendi, bufou.

- Muita cola, amor, muita cola.

Soltei uma risada alta e sua tia também. Imaginava se Leandra a apoiava em colar naquela época ou se até mesmo sabia.

[...]

- O que você vai querer fazer quando chegarmos lá? - Alessandra questionou baixinho.

Estávamos já deitados para dormir, ela em cima do meu corpo e fazendo um carinho leve em meu peito. Seu cheiro doce me acalmava e levava a um estado de lerdeza que era questão de tempo até pegar no sono.

- Não sei. Qualquer coisa está bom.

- Eu quero ir em um lual - admitiu. - Também quero ir naquelas ruinas maias que vimos. Quero comer coisas estranhas e tomar o vinho mais caro daquele lugar.

Ri baixo devido a ruiva que dormia a alguns metros de nós e comecei a passar os dedos pelos seus braços.

- Por que tudo isso tão específico?

- Bem, são coisas que eu nunca fiz. Já comi comidas estranhas, mas eu quero a mais estranha.

- Nunca foi em um lual?

- Não. Você já?

Ri ao perceber que do jeito que falei realmente tinha parecido um absurdo ela nunca ter ido a um. Mas ela me passava a impressão de sair tanto que era mesmo difícil de acreditar.

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora