QUARENTA E DOIS

709 70 70
                                    

IAN

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

IAN

- Não. Não, pelo amor de Deus. Abre os olhos. Fala comigo! - implorei a puxando para os meus braços.

Só percebi que estava chorando quando uma e mais diversas lágrimas começaram a pingar no rosto dela e com as mãos trêmulas, as limpei. Não podia ser.

Hesitei. Não tinha certeza se queria saber o que estava prestes a saber. Coloquei dois dedos sobre seu pulso, querendo sentir a pulsação do sangue. Mas nada. Não tinha nada. Negando para mim mesmo o que aquilo significava, levei a mão até seu peito, iria sentir seu coração bater. Mas também não havia nada.

- Não, por favor! - sussurrei, sentindo as lágrimas molharem todo o meu rosto. - Você não pode fazer isso comigo. Não pode me deixar. Não assim! Eu preciso de você.

Balancei seu corpo, tentando tirar alguma reação. Mas ela não tinha nada. Não podia ser.

A peguei no colo rapidamente e a depositei na cama apenas para vestir uma bermuda. Depois a peguei de novo, peguei as chaves de meu carro e saí do apartamento, de madrugada, chorando de desespero e com o corpo de Alessandra mole em meus braços. Começando a ficar frio.

A coloquei no banco de trás do carro e dirigi disparado para o hospital mais próximo. Olhava o tempo todo pelo retrovisor, esperando que a qualquer momento ela acordasse, mas não o fez.

- Isso não está acontecendo, não está acontecendo. - sussurrei para mim mesmo. - Ela está bem. Está bem.

Saí do carro quando cheguei ao estacionamento do hospital, sem fazer questão de parar em uma vaga de fato. Peguei novamente o corpo de Alessandra nos braços e corri para dentro do estabelecimento, esquecendo o carro todo aberto, com a chave dentro e parado no meio do caminho do estacionamento.
Passei pelas portas de vidro e meus soluços devem ter chamado atenção, já que diversos olhos se viraram para mim.

- Ajudem ela! Rápido, ajudem ela! - gritei.

O hospital era particular e logo dois homens apareceram puxando uma maca para perto de mim. A coloquei em cima rapidamente e eles correram para mais adentro do hospital. No desespero, eu os segui, mas fui barrado quando chegaram a uma porta dupla grande.

- Desculpe, senhor. Não pode passar daqui! - uma enfermeira disse quando me parou.

- O que? Eu não vou ficar aqui sem saber o que está acontecendo com ela! - gritei.

- Senhor, precisamos que se controle para fazermos o nosso trabalho.

- Me deixa passar!

- Sinto muito, não posso.

Tentei avançar, mas senti dois pares de mãos seguraram meus braços e não importou o quanto eu me debati, não me soltaram. Então, encarando aquela porta, a realidade bateu com força na minha cara.

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora