TRINTA

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Entrei na empresa com o coração quase pulando em minha mão

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Entrei na empresa com o coração quase pulando em minha mão. Parei em frente a recepcionista e congelei. Ela provavelmente não me deixaria entrar. Tive que pensar muito rápido no que fazer, afinal, aquilo nunca foi um problema para mim antes.

- Posso ajuda-la? - a moça perguntou simpática.

- Sim, claro. É que meus serviços foram solicitados na sala do senhor Ian Nascimento.

- Seus serviços? Qual é o seu nome? Não fui informada de nada.

- Alessandra Oliveira.

- Não está aqui, senhorita.

- Claro - me aproximei mais dela e sussurrei - É que são serviços íntimos, não caberia colocar isso na agenda da empresa.

Vi seus olhos arregalarem e dei um sorriso de canto. Me passar por uma prostituta estava longe de ser a maior vergonha da minha vida. A recepcionista pigarreou e folheou sua agenda mais uma vez.

- Bem, eu vou ligar para ele é avisar de sua chegada, então.

- Na verdade, eu já estou bem atrasada. Será que pode me liberar e ligar enquanto eu estiver subindo? Olhe, eu não tenho nada, nao quero matar ninguém. Eu juro. Só que se eu me atrasar mais vão brigar comigo no trabalho. Por favor.

A mulher suspirou e massageou suas têmporas.

- Tudo bem, pode ir subindo. É no penúltimo andar.

Sorri agradecida e saí em disparada na direção do elevador. A vi colocando o interfone na orelha e meus pés começaram a bater contra o piso da caixa de metal em uma tentativa de descarregar a ansiedade de meu corpo. Precisava chegar antes que ela falasse com ele ou tudo iria por água a baixo.

Pareceu demorar horas para, enfim, as portas se abrirem e eu corri em direção a única sala que tinha ali, ignorando meus saltos que viravam a cada dois passos.

- Não. Não chamei ninguém. Não a deixe subir! - ouvi sua voz brava quando me aproximei da porta - Mas como ela já subiu?

- Ian... - chamei e ele direcionou seu olhar para mim - Por favor, me escuta. Só alguns minutos. Por favor!

- Se é para chamar os seguranças? - ele perguntou ao telefone.

- Não. Por favor. Por favor!

Ele me olhou por um tempo, parecendo analisar toda a situação e, depois de hesitar, ele suspirou.

- Não. Ela vai sair sozinha, obrigado.

Suspirei aliviada e adentrei a sala, me mantendo de frente para ele.

- Olha, me escuta, está bem? Se você não quiser depois disso, eu prometo que vou embora.

- Diga de uma vez. Qual mentira vai inventar agora?

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora