DEZESSEIS

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- Está pronto? - meu pai perguntou quando desci com minha mala

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- Está pronto? - meu pai perguntou quando desci com minha mala.

- Sim.

- O projeto? Tem certeza de que está preparado?

- Estou.

- Estamos indo, querida. - disse à minha mãe.

Os dois trocaram um selinho rápido e meu pai se virou para mim, me chamando.
Entramos no carro, que estava sendo levado por um motorista e fomos até o aeroporto. Meu pai foi resolver todos os trâmites para embarcar enquanto eu mandei uma mensagem de bom dia para Alessandra.

- Já embarcaremos. Todos estão muito ansiosos para saber o que você preparou, inclusive eu, já que não me deixou ver. - o homem sério se aproximou de mim novamente.

- Ainda não está completo. - relembrei.

- Mas já é o começo definitivo. Estou orgulhoso, fez isso em apenas um mês. - assenti - Mas sabe que ainda não acabou, não é?

- Sei, pai.

- Precisa de concentração...

Parei de prestar atenção no que ele dizia quando meu celular apitou com a resposta de Alessandra. A avisei que já estava para embarcar e que queria que tivéssemos como nos despedir direito. Me surpreendi com sua resposta.

"Não é preciso, gato. Não vai se livrar de mim assim tão fácil."

Estranhei a mensagem e fiquei um tempo tentando entender, quando um "olha para trás" brilhou na tela do meu celular. Obedeci o comando e meu queixo caiu ao ver Alessandra há poucos metros de mim.

E o pior, com uma mala. Uma mala bem grande. Ela acenou empolgada e começou a se aproximar de mim em passos rápidos.
Meu pai se colocou ao meu lado com o rosto chocado.

- A chamou? - perguntou em voz seria.

Apenas neguei com a cabeça e segundos depois os braços finos da loira se envolveram em meu pescoço.

- Oi, gato! - cumprimentou deixando um selinho em meus lábios.

- O que você está fazendo? - perguntei baixo, ainda surpreso. Muito surpreso.

Alessandra abriu um sorriso que poderia ser comparado ao do coringa e jogou os cabelos para trás.

- Vim te fazer companhia. Você disse que essa viagem seria um porre e eu decidi que seria bem mais fácil se ficássemos juntos.

- Alessandra... - hesitei - É uma viagem de trabalho.

- Eu sei. Mas uma coisa não impede a outra. Nenhum homem vive só de trabalho, gatinho. - piscou - Olá, Senhor Nascimento! - cumprimentou meu pai.

- Olá. Eu posso saber onde a senhorita irá ficar? - O mais velho respondeu e eu senti vergonha por ela, que, por sua vez, não parecia sentir nenhuma.

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora