- Está pronto? - meu pai perguntou quando desci com minha mala.
- Sim.
- O projeto? Tem certeza de que está preparado?
- Estou.
- Estamos indo, querida. - disse à minha mãe.
Os dois trocaram um selinho rápido e meu pai se virou para mim, me chamando.
Entramos no carro, que estava sendo levado por um motorista e fomos até o aeroporto. Meu pai foi resolver todos os trâmites para embarcar enquanto eu mandei uma mensagem de bom dia para Alessandra.- Já embarcaremos. Todos estão muito ansiosos para saber o que você preparou, inclusive eu, já que não me deixou ver. - o homem sério se aproximou de mim novamente.
- Ainda não está completo. - relembrei.
- Mas já é o começo definitivo. Estou orgulhoso, fez isso em apenas um mês. - assenti - Mas sabe que ainda não acabou, não é?
- Sei, pai.
- Precisa de concentração...
Parei de prestar atenção no que ele dizia quando meu celular apitou com a resposta de Alessandra. A avisei que já estava para embarcar e que queria que tivéssemos como nos despedir direito. Me surpreendi com sua resposta.
"Não é preciso, gato. Não vai se livrar de mim assim tão fácil."
Estranhei a mensagem e fiquei um tempo tentando entender, quando um "olha para trás" brilhou na tela do meu celular. Obedeci o comando e meu queixo caiu ao ver Alessandra há poucos metros de mim.
E o pior, com uma mala. Uma mala bem grande. Ela acenou empolgada e começou a se aproximar de mim em passos rápidos.
Meu pai se colocou ao meu lado com o rosto chocado.- A chamou? - perguntou em voz seria.
Apenas neguei com a cabeça e segundos depois os braços finos da loira se envolveram em meu pescoço.
- Oi, gato! - cumprimentou deixando um selinho em meus lábios.
- O que você está fazendo? - perguntei baixo, ainda surpreso. Muito surpreso.
Alessandra abriu um sorriso que poderia ser comparado ao do coringa e jogou os cabelos para trás.
- Vim te fazer companhia. Você disse que essa viagem seria um porre e eu decidi que seria bem mais fácil se ficássemos juntos.
- Alessandra... - hesitei - É uma viagem de trabalho.
- Eu sei. Mas uma coisa não impede a outra. Nenhum homem vive só de trabalho, gatinho. - piscou - Olá, Senhor Nascimento! - cumprimentou meu pai.
- Olá. Eu posso saber onde a senhorita irá ficar? - O mais velho respondeu e eu senti vergonha por ela, que, por sua vez, não parecia sentir nenhuma.
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Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]
RomanceEi, não crie expectativas! Ela está longe de ser a mocinha dos livros de romance. Não. Alessandra Oliveira nunca foi a mocinha inocente que todos esperavam. Sempre foi muito ambiciosa e vaidosa. Por outro ponto de vista, poderia até ser a vilã desse...