Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]

TRINTA E UM

Tudo o que eu menos esperava era que Alessandra aparecesse em minha sala depois de um mes inteiro. Bem, o que eu esperava menos ainda era ouvi-la dizer que me amava. Nem enquanto estava com seu plano doido de me dar um golpe tinha dito aquilo. Mas como eu poderia acreditar? O que me garantia que não eram apenas palavras para tentar novamente me usar para ganhar dinheiro?

Ela me parecia diferente. Mais frágil. Mas eu não confiava mais em meu julgamento, não quando se tratava dela. Achei que voltaria um dia depois, que continuaria me pedindo para voltar, mas aquilo não condizia com Alessandra. Achava até demais ela ter ido até a empresa depois de tudo em seu apartamento.

Mais tarde, tinha recebido uma mensagem de uma mulher alegando ser a mulher do bar que eu tinha beijado. Pandora. Sequer sabia como ela tinha conseguido o meu número, mas lá estava me mandando indiretas para que eu a chamasse para sair. Foi impossível não pensar que se fosse Alessandra eu estaria sendo intimado a buscá-la em casa.

Depois de pensar bastante, a convidei para ir até uma boate no centro do Rio de Janeiro. Pandora aceitou de prontidão e falou que veria como faria para chegar lá, em uma outra indireta para que eu me prontificasse a busca-la, e foi o que eu fiz. Logo tinha seu endereço e um compromisso para sexta a noite.

Nao estava lá muito empolgado, mas seria bom para me distrair.

- Então, oficialmente, você tem um encontro. - Max falou mais empolgado do que eu quando lhe contei.

- Não é bem um encontro.

- É um encontro.

- Que seja - revirei os olhos. - Você quer ir?

- E ficar de vela? Não, meu amigo, eu passo essa.

- É uma boate, você só fica de vela se quiser.

- Conheço pessoas que constestariam essa afirmação, porém se tratando de mim... sim, eu concordo.

- Está falando comigo ou com o papa? Não estou entendo a formalidade.

- Bem, falei com seu pai sobre sua proposta de emprego e ele marcou uma entrevista. Estou treinando.

- Por Deus, Max! Meu pai te conhece há anos.

- Mas não conhece meu profissional interior.

Gargalhei e me servi com mais uma taça de vinho.

No dia seguinte Max foi a entrevista com meu pai e começou a trabalhar no mesmo minuto. Começou a me ajudar no projeto em que estava trabalhando e fiquei surpreso com o quanto conseguíamos avançar. No decorrer daquela semana, estávamos chegando a fase final do projeto. Eu quase não podia acreditar que já estava acabando. Claro, depois disso ainda teríamos que monitorar toda a construção etc. Mas já não seria apenas minha responsabilidade.

A sexta-feira chegou rápido. Marquei o horário para encontrar com Max na boate e parti para a casa de Pandora. Ela me esperava no portão, usava uma roupa bonita, mas não chegava aos pés da...