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Usei todo autocontrole que tinha para a afastar horas antes

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Usei todo autocontrole que tinha para a afastar horas antes. Te-la em cima de mim, sem sequer um pingo de receio ou pudor, era uma das melhores sensações. Não podia ser hipócrita e dizer que não a desejava.

Mas sua família estava logo ali e ela estava alterada. Embora soubesse que ela não seria muito diferente sóbria.

A mulher era completamente doida. Estava apenas com uma camiseta e calcinha em minha frente enquanto conversávamos sério. Deus, eu estava totalmente fora de mim.

Deitei no sofá macio e me cobri. Coloquei um braço atrás da cabeça e fiquei encarando o teto, pensando na pequena maluca a algumas paredes de mim.

Quando fui ao seu encontro para conversar sobre o projeto, tinha uma ideia de qual seria sua opinião. Mas a conversa me fez bem. Coloquei na minha cabeça que também precisava tirar um tempo para mim, apesar de trabalho e faculdade ou nada disso valeria a pena.

Era incrível o quanto ela me fazia refletir sobre tudo que eu sempre achei tão óbvio.

Suspirei, visualizando seus olhos azuis profundos e ao mesmo tempo tão frios. Ela me deixava tão curioso e seus olhos despertavam algo em meu íntimo. Era meio desesperador pensar que aquela mulher, aparentemente instável, estava começando a fazer parte da minha vida.

Estava de olhos fechados quando senti o sofá afundar ao meu lado e olhei rapidamente. Vi Alessandra se enfiando embaixo da minha coberta e deitando ao meu lado.

- O que...? - perguntei controlando a vontade de rir.

- Quietinho, gato, preciso dormir bem para acordar linda. - disse baixinho e passou seu braço por cima de meu abdômen, apoiando seu rosto em meu peito.

Seus olhos fechados logo ficaram suaves e sua respiração, calma. Me perguntei se havia como alguém adormecer tão rápido. Analisei cada pequeno detalhe de seu rosto sereno, sem nenhum tipo de preocupação. Olhando assim, poderia dizer que era um anjo, se não a conhecesse e soubesse que anjo estava longe de ser uma palavra que a definisse.

Envolvi seu corpo com um braço e a apertei mais a mim, deixando o sono me levar logo.

[...]

- Aurora, você não vai fazer isso! - ouvi uma voz parecendo longe - Vai assustar o menino.

Eu não estava plenamente acordado. Mas também já não estava dormindo.

- Não é para acertar ele! - outra voz falou.

- Mas você acha que do jeito que eles estão você consegue acerta-la sem molha-lo junto? Deus, onde eu consegui uma filha tão burrinha?

Abri o olho devagar, querendo mais que tudo voltar a dormir. Primeiro foquei na coisa pequena e loira agarrada a mim. Os cabelos loiros escuros de Alessandra estavam esparramados no sofá, caindo por suas costas. Ela estava bem como na noite anterior, completamente abraçada a mim.

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora