OITO

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GUY

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GUY

Achei que seria mais fácil convencer uma mulher a se casar do que a transar comigo. Afinal, quem não queria carregar o sobrenome Carver nessa cidade? A resposta para essa pergunta é bem simples: Daisy Lynton.

Eu podia ver que ela era o tipo de garota certinha que pensava demais e aproveitava de menos. Eu não enfrentaria todo esse trabalho por ela se fosse apenas uma relação casual, mas o que me trouxe até aqui foi a necessidade de salvar minha carreira e permanecer longe da Inglaterra.

Para complicar as coisas, o porta-retratos em sua mesinha indicava que existia um namorado na jogada. Não que ele fosse grande coisa. Pela foto, ele parecia mais um americano comum que não saiu completamente do ensino médio.

Assim que entrei no apartamento de Daisy, observei aquele lugar apertado.

Era péssimo e fedia a cigarro. Ainda assim, fotos espalhadas pelas mesas, as rachaduras na parede e os post-its presos na geladeira me davam uma sensação estranha de lar e intimidade. Eu nem mesmo conhecia aquelas pessoas. Mas eles viviam ali pra valer, as suas marcas estavam em cada canto do apartamento.

— Então? — Daisy perguntou, chamando minha atenção de volta a ela.

Daisy tinha uma beleza mediana. Não tinha os cabelos tingidos como metade de Hollywood, eles eram castanhos e uma mistura esquisita de fios lisos e cacheado. O seu corte passava um pouco dos ombros. Seus olhos castanhos eram grandes e levemente puxados para o lado, o que indicava que possuía algum traço asiático na genética.

Mas o que mais me chamou a atenção foram as suas coxas grossas apertadas por um shorts curto que obviamente chamaram minha atenção. Ela era cheia de curvas, poderia ser uma modelo de biquíni com aquele corpo.

— Certo — pigarreei, tentando focar no seu rosto — É o seguinte. Como você sabe, eu serei deportado daqui a dois meses se não arrumar uma desculpa para estar aqui. Infelizmente, eu também tenho alguns problemas judiciais, o que não colabora muito com toda a situação.

— Imagino que não.

— De qualquer forma, minha última alternativa é me casar, e é quando entra você, Daisy Lynton.

— Você não precisa ficar repetindo meu nome a cada dois minutos só para provar que sabe ele.

— Você se casa comigo — Ignorei seu comentário irônico — É muito rápido. Eu pesquisei. Só precisamos assinar um papel no City Hall mais próximo e fazer uma entrevista daqui a dois meses provando que somos um casal apaixonado.

— O que não somos.

— Não, mas eles não sabem — Mostrei meu melhor sorriso. Ela não demonstrou nenhuma reação — Enfim, é apenas por um ano. Depois podemos nos divorciar e nunca mais olhamos na cara um do outro. Podemos até mesmo terminar antes se você já tiver planos de casamento — apontei para a foto do cara loiro.

Casamento à Moda InglesaOnde histórias criam vida. Descubra agora