VINTE

606 93 10
                                    

DAISY

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

DAISY

— Não acredito que me deixei ser convencida a vir para uma boate em plena quarta-feira — reclamei, ajeitando um vestido velho de alças que encontrei no fundo da minha mala da Hello Kitty, a mesmo que continuava jogada no canto do quarto de hóspedes desde que mudei para Malibu.

O lugar onde estávamos era incrível, apesar de ser mais a vibe da minha melhor amiga Blair do que a minha. Era tudo escuro, desde as paredes pretas até o piso, e só havia uma iluminação fluorescente roxa vinda dos tetos.

Estava cheio. Pessoas se balançavam ao som de alguma música da Dua Lipa na pista central, enquanto bebiam drinques complexos de taças chiques.

— Hoje é a inauguração e todo mundo que tem alguma influência em Hollywood está aqui — Guy explicou se aproximando do meu ouvido, apesar de não precisar porque estávamos afastados das caixas de música e eu conseguia escutá-lo muito bem da onde estava.

Um arrepio desceu pelas minhas costas quando senti a sua respiração na minha bochecha. E, de repente, me lembrei da loja de vestidos, das suas mãos tocando meus ombros e seu olhar na minha direção.

É claro que eu não era imune ao seu charme. Não acho que existia alguém no continente americano que fosse. Mas eu tinha que controlar isso, porque Guy levaria para frente qualquer sinal que eu lhe desse. E eu não era a garota que simplesmente dormia com alguém por dormir.

— Não sabia que você ligava para isso — eu me afastei para encarar seus olhos, que estavam escuros sob a luz roxa.

— Não ligo. Só vim pela bebida.

Revirei os olhos.

— Eu te trouxe porque Thatcher está aqui — falou Guy — E também para te ajudar.

— Me ajudar?

— Sim, desde que falou com seu namorado no sábado passado, você parece triste, então achei que ajudaria se eu te trouxesse para um lugar corrompido e cheio de homens.

Eu quis rir. A ideia de Carver sobre superar alguém era a mesma de beber álcool para curar a ressaca. Uma medida eficaz, mas de curta duração.

— Por mais nobre que seja da sua parte, não sou o tipo de pessoa casual com quem você sai — expliquei, observando seu cenho franzir — E eu não estou tão triste assim.

— Você chorou com um comercial.

— Era triste! A mulher tinha câncer!

— Era o comercial de uma geladeira! — rebateu Guy e, talvez, só talvez, ele tivesse razão.

Eu andava um pouco deprimida depois que conversei com Cliff. Ele tentou ligar outras vezes e enviava dúzias de mensagens todos os dias.

Não conseguia ficar perto do meu celular, pois temia que, em um momento de extrema solidão, acabasse me entregando a tentação. Precisava me lembrar constantemente que não podia fazer isso, afinal ele me magoou.

Casamento à Moda InglesaOnde histórias criam vida. Descubra agora