TRINTA E SEIS

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GUY

Sai um pouco mais apressado da casa de Brandi do que deveria quando ela me avisou que Daisy tinha ido embora e eu desconfiei que a razão era Cliff.

Assim que entrei em casa, ela estava lá do mesmo jeito que a encontrei na primeira vez que veio para cá. Sentada no sofá com pernas cruzadas, os óculos de grau no rosto e o notebook apoiado em uma almofada.

— Ei.

— Ei — ela respondeu, fechando o notebook e me encarando — Precisamos conversar.

— Sim, claro, o que ele fez? — me aproximei, já com o punho cerrado do meu lado.

— Ele não fez nada. Em fato, acho que fiz mais do que ele — franziu o cenho, tocando no meu punho levemente com seus dedos — Não é esse o ponto aqui... Por que atendeu a ligação de Cliff?

Fechei os olhos com força como se dessa maneira aquela conversa pudesse desaparecer e nós voltássemos para a noite passada quando estávamos dançando naquele mesmo canto.

Eu sei que foi um gesto canalha da minha parte, entrar assim nos assuntos pessoais de Daisy quando eu nem mesmo era seu namorado. Mas eu não consegui resistir.

— O que você disse?

— Eu devo tê-lo ameaçado em alguma parte — disse com cautela. Respirei fundo antes de continuar — Também dei a entender que tínhamos um caso.

Daisy levou a mão ao rosto da mesma forma que fez quando disse que já tinha feito mais sexo na piscina do que alguém normal deveria.

— Em minha defesa, só queria que ele se sentisse como você se sentiu! — aumentei o tom de voz — Eu não entendo. Eu simplesmente não consigo entender. Você endeusa esse cara como se namorar você foi um sacrifício que ele se dispôs a fazer! Daisy, Cliff não é mais o garoto popular do colégio!

O rosto dela endureceu. Eu não queria que ela ficasse irritada comigo, porém eu precisava dizer aquilo, talvez assim ela pudesse finalmente se tocar... e me considerar no lugar de Cliff.

— Posso ser melhor que Cliff, sabia? — Eu me ouvi dizer, sem nem mesmo pensar antes de falar — Eu faria tudo por você — disse suavemente.

A expressão de Daisy não mudou, ela apenas desviou o olhar para o notebook fechado ainda no colo. Seu dedo cutucava a ponta de um dos adesivos soltos na parte superior do aparelho.

— Você não pode comprar minhas batalhas, Will — Foi o que disse.

— Sinto muito. Foi errado. Achei que estivesse fazendo a coisa certa. Mas que merda! — deixei um grito irritado sair, não para Daisy, mas para mim mesmo — Deveria ter aprendido há muito tempo que eu nunca faço nada certo — suspirei, andando de um lado para o outro antes de parar novamente ao seu lado.

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