CATORZE

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DAISY

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DAISY

Eu sentia que estava fazendo compras com a minha mãe.

Estávamos em uma loja gigantesca no centro de Hollywood de vestidos que custavam mais que minha vida.

Eu tentava achar um não muito caro, e também fino o suficiente para a festa do assessor de Guy essa noite. O idiota estava atrás de mim, opinando sobre cada peça que eu tirava do cabide e, eu juro por Deus, que estava prestes a fazê-lo engolir uma daquelas peças.

— Pare de olhar os malditos preços, Daisy. Eu posso comprar essa loja inteira se você quiser.

— Presunçoso — murmurei, passando a mão por um tecido verde.

— Apenas escolha alguma coisa. Estamos aqui há uma hora!

— Tenha calma, você não sabe como é difícil encontrar algo que mostre que sou fina e recatada, mas que posso ser quente também se Henry Cavill estiver lá.

— Ele não estará — repetiu Guy, cruzando os braços.

— Carver, há quanto tempo! — Uma moça com um terninho feminino e a logo da loja no peito veio na nossa direção.

Ela tinha um sorriso imenso nos lábios vermelhos, cabelos crespos presos em um coque e era muito bonita. Eu desconfiei que ela pudesse ser uma das muitas amantes de Carver.

— No que posso te ajudar hoje? Algo para sua nova amiga?

— É bom te ver, Kyle, pode ajudá-la a encontrar um vestido de festa?

— Eu tenho algumas opções que cairiam muito bem em você — ela se dirigiu a mim.

Tentei abrir os lábios para avisá-la sobre nada de decotes ou laços demais, mas ela apenas ergueu o dedo e deu as costas para mim.

— Você traz suas ficantes aqui? — perguntei brincando, mas olhei para Guy e ele sorria enquanto se apoiava em uma vara com saias — Uau. Você realmente traz suas ficantes aqui!

— Elas adoram.

— Por Deus. O que minha vida se tornou nesta última semana? — suspirei.

Para ser sincera, não estava sendo tão esquisito morar com Guy quanto eu achei que seria. Nós nos víamos mais no set de gravações do que em casa e, mesmo assim, mal trocávamos duas palavras durante o trabalho.

Ele ainda me trazia para casa antes de sair com a pobre coitada que caiu nos seus encantos, o que me rendia ótimos momentos no banco de trás do carro como vela. Eu tenho uma boa lembrança da ruiva de ontem que tentou pagar um boquete enquanto Guy dirigia.

Em outros dias, ele se sentava ao meu lado no sofá e ligava a televisão então falávamos mal das séries de TV atuais. Era bom falar com alguém que entendia do assunto, e esses eram os únicos momentos que realmente conversávamos.

Era fácil. Mais fácil do que um casamento convencional.

— Se te faz se sentir melhor, eu nunca mantenho contato com uma mulher por mais de uma semana e você está vivendo na minha casa.

— Não, eu não me sinto melhor — revirei os olhos e sorri.

Encaramos um ao outro por alguns segundos. Eu estava quase certa de que Guy tentaria dar em cima de mim mais uma vez, mas a tal Kyle surgiu com os braços cheios de panos coloridos e nos forçou a quebrar o contato visual

Casamento à Moda InglesaOnde histórias criam vida. Descubra agora