VINTE E UM

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GUY

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GUY

Era domingo à noite, eu deveria ter um copo de uísque na mão e uma garota no meu outro braço, mas não.

Eu estava sentado no sofá assistindo Sorte No Amor pela sétima vez no mês, um dos filmes favoritos de Daisy — apesar de ela esconder esse fato porque, como cineasta, ela deveria ter um gosto mais seleto que Lindsay Lohan e Chris Pine se ferrando por uma hora e trinta minutos.

Daisy sentava no chão com as costas apoiadas contra o sofá. Havia uma xícara de café ao seu lado, um prato vazio de biscoitos na mesa e um livro na mão com uma capa suspeita de um cara musculoso demais para ser real.

Um pouco mais cedo nesse dia, eu recebi uma ou outra ligação sobre algumas festas que estavam rolando, no entanto assim que me levantei para dar um jeito no meu cabelo, pensei que não importava se eu ficasse em casa ou saísse, ficaria entediado da mesma forma.

Foi quando Daisy apareceu na sala com os biscoitos que ela jurou ter feito na minha cozinha com algum tipo de mágica, pois tenho quase certeza que só devia ter cerveja na geladeira.

E, agora, estávamos aqui e não era tão ruim assim.

— Isso é ridículo — ela falou alto, tirando minha atenção da televisão.

Estava com o mesmo moletom do time de lacrosse que usava quando fui na casa dela pela primeira vez. Seus cabelos caíam sobre os ombros, ainda molhados e ela usava os óculos de grau.

— Por que os homens dos livros sempre têm um pênis grande?

— Como? — franzi o cenho.

— Eles sempre são homens acima da média, o que é ridículo. Por que ninguém escreve um livro com um cara que tem um pênis, digamos, do tamanho normal?

Eu estava indeciso entre tentar responder aquela pergunta e sair dali.

— Você como homem deveria se sentir ofendido. As mulheres leem isso e esperam que o cara com quem elas estão saindo tenham um membro tão protuberante quanto os personagens dos livros.

Ela virou a cabeça a minha direção, ajeitando os óculos no rosto como uma aluna que esperava a resposta do seu professor. Uma aluna incrivelmente pervertida.

Podia jurar que minhas bochechas estavam vermelhas, o que era no mínimo estranho.

— Uau, Daisy Lynton, você é a única mulher que conseguiu me deixar vermelho ao falar de sexo — eu ri.

— Bom, eu me sinto lisonjeada — ela abriu aquele mesmo sorriso, exibindo a pequena abertura entre os seus incisos.

Daisy voltou à sua leitura e o cara com um pênis maior que a média. Mas eu ainda a observava, desde seus cabelos castanhos, seus olhos um pouco mais escuros, a pele acobreada ao corpo arredondado.

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