Foda-se a papelada

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◽⚫Brunna Gonçalves⚫◽

=Flashback-On=

Brunna:Bom... Vou tomar banho, — eu murmuro.

Que outra coisa posso dizer? Pego a bolsa e entro correndo no banheiro para me afastar da perturbadora proximidade de Ludmilla quase nua. O banheiro está branco de vapor. Dispo-me e entro rapidamente na ducha, impaciente por sentir o jorro de água quente sobre meu corpo.

Desejo Ludmilla. Desejo-a desesperadamente. É sincera. Pela primeira vez em minha vida quero ir para cama com uma mulher. Quero sentir suas mãos e sua boca em meu corpo. Ela me disse que gosta que suas mulheres estejam conscientes. Então certamente ela se deita com mulheres. Mas não tentou me beijar, como Rodrigo e Matheus. Não a entendo. Deseja-me? Não quis me beijar na semana passada. Pareço-lhe repulsiva? Mas estou aqui, ela me trouxe. Não entendo seu jogo comigo.

A água quente me relaxa. Poderia ficar debaixo do jato, neste banheiro, para sempre. Pego o gel, que cheira a
Ludmilla. É um aroma delicioso. Esfrego todo o meu corpo, imaginando que é ela quem o faz, que ela esfrega este gel pelo meu corpo, pelos seios, pela barriga e entre as coxas, com suas mãos, com seus dedos longos. Minha nossa. Meu coração dispara. E é uma sensação muito... muito prazerosa.

Ela bate na porta e levo um susto.

Ludmilla: Chegou o café da manhã.

Brunna:Va... valeu, — o susto me arrancou cruelmente de meu sonho erótico.

Saio da ducha e pego uma toalha, me seco a toda pressa evitando a prazerosa sensação da toalha esfregando minha pele hipersensível. Abro a bolsa. Rômulo me comprou não só um jeans, mas também uma camisa azul, meias três quartos e roupas íntimas. Minha Nossa!

Sutiã e calcinha limpos... São de uma marca de lingerie europeia de luxo. Renda e seda azul celeste. Uau. Fico impressionada e um pouco intimidada. E, além disso, é exatamente do meu tamanho. Com certeza. Ruborizo-me pensando no rapaz, em uma loja de lingerie, comprando estes objetos. Pergunto-me a que outras coisas ele se dedica em suas horas de trabalho. Visto-me rapidamente e logo saio do banheiro.

=Flashback-Off=

(..)

Incomodo-me pensando em todas as possibilidades. Isto não leva a nenhuma
parte. Eu gostaria de resolver o enigma de Ludmilla Oliveira, o quanto antes.Se isso implicar que seu segredo é tão grave que não vou querer voltar ou ter nada com ela, então, a verdade será um alívio. Não se engane!, grita o meu subconsciente. Terá que ser algo muito mau para que eu saia correndo.

Ludmilla:Como Eva, quer provar quanto antes o fruto da árvore da ciência. — Solta uma risada maliciosa.

Brunna: Está rindo de mim, Senhorita Oliveiras? — pergunto-lhe em tom suave. Ela me olha apertando os olhos e saca seu iPhone e depois tecla um número.

Ludmilla: Rômulo, vou necessitar do Charlie Cooper. — Charlie Cooper! Quem é esse?— Desde Portland. A... digamos às oito e meia... Não, fica na escala... Toda a noite.—Toda a noite! — Sim. Até amanhã pela manhã.Pilotarei de Seattle a Vancouver. —Pilotará? —Piloto disponível ás dez e meia. — Deixa o telefone na mesa. Nem por favor, nem obrigado.

Brunna:As pessoas sempre fazem o que você manda?

Ludmilla:Eles devem fazê-lo, se não quiserem perder seu trabalho, — ela responde-me inexpressiva.

Brunna:E se não trabalharem para si?

Ludmilla:Bom, posso ser muito convincente, Brunna. Deveria terminar o café da manhã. Logo a levarei para casa. Passarei para te buscar as oito, quando sair. Voaremos à Vancouver .

Minha Dominadora (ʙᴅsᴍ/ ɢ!ᴘ) ✔🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora