Sentimentos Estanhos

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=Se as meninas ganharem no pjb eu faço uma maratona(Não sei o dia) =

◽Brunna Gonçalves◽⚫

Quando eu acordo, ainda está escuro. Não tenho nem ideia de quanto tempo eu dormi. Estico as pernas debaixo do edredom e me sinto dolorida, deliciosamente dolorida. Não vejo Ludmilla em nenhum lugar. Sento na cama e contemplo a cidade à minha frente. Há menos luzes acesas nos arranha-céus e o amanhecer já se insinua. Ouço música. As notas cadenciadas do piano. Um doce e triste lamento. Bach, eu acredito, mas não estou segura.

Jogo o edredom de lado e me dirijo sem fazer ruído, pelo corredor que leva ao grande salão. Ludmilla está sentada ao piano, totalmente absorta na melodia que está tocando. Sua expressão é triste e desamparada, como a música. Toca
maravilhosamente bem. Apoio-me na parede da entrada e escuto encantada.
É uma música extraordinária.

Está apenas de topper, com o corpo banhado na cálida luz de um abajur solitário junto ao piano. Como o resto do salão está escuro,
parece isolada em seu pequeno foco de luz, intocável... sozinha, em uma bolha.
Avanço para ela em silencio, atraída pela sublime e melancólica música. Estou fascinada. Observo seus compridos e hábeis dedos percorrendo e pressionando suavemente as teclas, e penso que esses mesmos dedos percorreram e acariciaram com destreza meu corpo. Ruborizo-me ao pensar, sufoco um grito e aperto as coxas. Ludmilla levanta seus insondáveis olhos chocolates com expressão indecifrável.

Brunna:Desculpe, — eu sussurro. — Não queria incomodar você. — Ela franze ligeiramente o cenho.

Ludmilla:Certamente, eu deveria estar dizendo isso para você. — ela murmura. Deixa de tocar e apoia as mãos nas pernas. De repente, me dou conta de que estava vestida com uma calça de pijama. Ela passa os dedos pelo cabelo e se levanta.

As calças lhe caem dessa maneira tão sexy... oh, meu Deus. Minha boca está seca quando rodeia tranquilamente o piano e se aproxima de mim. Ela tem os ombros largos e os quadris estreitos, ao andar lhe esticam os abdominais. É impressionante...

Ludmilla:Devia estar na cama, — ela adverte-me.

Brunna:Um tema muito bonito. Bach?

Ludmilla:A transcrição é de Bach, mas originariamente é um concerto para
oboé do Alessandro Marcello.

Brunna:Precioso, embora muito triste, uma música muito melancólica. — Ela esboça um meio sorriso.

Ludmilla:Para cama, — ordena. — Pela manhã você estará esgotada.

Brunna:Eu acordei e você não estava.

Ludmilla:Tenho dificuldade para dormir. Não estou acostumada a dormir com alguém. — ela murmura. Eu não consigo discernir qual é seu estado de ânimo. Parece um pouco desanimada, mas é difícil de saber, por causa da escuridão. Talvez se deva ao tom do tema que estava tocando. Rodeia-me com um braço e me leva carinhosamente para o quarto.

Brunna:Quando começou a tocar? Toca muito bem.

Ludmilla:Aos seis anos.

Brunna:Oh. — Ludmilla aos seis anos... tento imaginar a imagem de uma pequena menina de cabelo pretos e olhos castanhos, e meu coração derrete... Uma menina de cabelos cacheados, que gosta de música incrivelmente triste.

Ludmilla:Como se sente? — pergunta-me já de volta no quarto. Ela liga uma luminária.

Brunna:Estou bem. — Nós duas olhamos para a cama ao mesmo tempo. Os lençóis estão manchados de sangue, como uma prova de minha virgindade perdida. Ruborizo-me, embaraçada e jogo o edredom por cima.

Minha Dominadora (ʙᴅsᴍ/ ɢ!ᴘ) ✔🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora