Minha Dominadora (ʙᴅsᴍ/ ɢ!ᴘ) ✔🔥

Obcecada

Vancouver - 19:20 pm

🔸▪️((Ludmilla Oliveira))▪️🔸

Olho para o copo de whiski em minhas mãos, enquanto eu pensava naquela garota de olhos castanhos, como uma garota, meiga, simpática, toda atrapalhada,e completamente inocente me chamou tanto atenção?

Nem meu subconsciente consegue responder essa pergunta pra mim, eu sempre me atrair por mulheres mais modernas, com mais maturidade e nada atrapalhada... Mas com a senhorita Gonçalves foi diferente.

Seu jeito tímido, me deixou sem palavras, pela primeira vez, eu consegui ficar sem o que fazer e oque falar com alguém.

Sou uma pessoa completamente reservada, sou intersexual e uso muito bem meu amiguinho com certas mulheres que assinam meu contrato.

Vocês não estão entendendo nada não é? Contrato como assim?

Sou uma dominadora, meu fetiche sexual é sadomasoquismo, sou um tanto obsessiva , posso ser até comparada com uma pessoa doentia, meus gostos são completamente peculiares, vocês não entenderiam.

Quando eu tinha 15 anos uma mulher me ofereceu um emprego no mercado de prostituição de Seattle, como eu estava sem família, sem dinheiro e sem onde morar, eu aceitei, foi o melhor e pior jeito de eu ter dinheiro, tive que me prostituir para ter o que comer. Eu fiquei nessa trabalho por um ano, se eu tenho nojo de meu passado? Muito, se eu pudesse eu bateria minha cabeça na parede para esquecer o que ocorreu em minha adolescência, e também esquecer o que aconteceu com meus pais.

Minha mãe era viciada em crack e meu pai era abusivo com ela, não deixava ela trabalhar, e nem sair de casa sem ele. Ele batia nela toda vez que ele chegava em casa bêbado eu tinha apenas 6 anos de idade quando eu vi pela primeira vez meu pai batendo em minha mãe, eu não soube o que fazer, não consegui pedir ajudar, se eu gritasse provavelmente ele me bateria também, já que ele nunca me aceitou a ser intersexual. Quando eu fiz 13 anos de idade já estava cansada de presenciar as agressões. Então eu coloquei fogo na casa achando que ficaria tudo bem, que apenas o monstro do meu pai morreria, mas eu estava enganada... Eu acabei matando os dois.

Eu consegui sair de casa a tempo, antes que a casa se explodisse por conta do gás do fogão, foi uma adrenalina em tanto. Nunca contei pra ninguém sobre o que realmente aconteceu naquele dia, peritos colocaram na ficha que foi o gás que explodiu e causou o incêndio na casa,mas só eu sei o que realmente aconteceu naquela noite.

Quando eu conseguir sair do "trabalho" que aquela mulher me deu, eu fui levada para um orfanato, e lá uma família me adotou. Minha mãe adotiva se chama Silvana e meu  pai adotivo se chama Renato, os dois me dão muito amor e carinho, assim como meus dois irmãos, Luane e Yuri. Luane tem 29 anos e Yuri 22. Nas horas que eu mais precisei recebi conforto e em momentos de felicidade nunca me senti só. Agradeço do fundo do coração à essa família.

Nunca fui uma pessoa muito de carinho, mas nunca desrespeitei ninguém, nem mesmo minha família.

Meus pais biológicos eram donos de uma empresa, que agora está em minhas mãos. Digamos que eu tive que amadurecer cedo demais. Apesar de eu ser muito rica, eu era muito humilhada na época pelo simples fato de ter um pau no meio das pernas
Mas não me importo com isso, aliás.. não me importo com muitas coisas.

Hoje sou milionária, tenho uma mansão só pra mim e também tenho uma empresa com meu sobrenome. Meu fetiche é sadomasoquismo, não é muito legal aos olhos de outras pessoas, mas pra mim é a melhor coisa.

Ter uma mulher ali toda amarrada com a bunda empinada pra você, e querendo que você a foda com força, isso é a melhor coisa pra mim. Eu já tive muitas mulheres, mas nunca tive de lidar com qualquer um de seus humores já que tinha total controle sobre elas. Quando elas não têm que pensar ou analisar e aceitam as decisões tomadas para elas, renunciam a seus humores. Uma vez que ela assina o contrato, eu posso fazer com que ela seja muito mais comunicativa.

Brunna Gonçalves, eu não consigo tirar o seu rosto da minha cabeça. Ela é muito inocente. Muito doce. E também merece algo melhor do que eu posso lhe oferecer. Mas, então, sua presença me puxa para ela. Eu estou dilacerada por dentro com esses tornados de emoções. Eu apenas não posso apresentá-la ao meu mundo escuro! Ela merece algo melhor. Alguém que fique aos seus pés, e que seja corações e flores, porque é isso que ela claramente deseja.

Eu odeio esse sentimento estranho que está me comendo, agarrando minha alma. Eu odeio ser assim. Eu sempre bloqueio alguém que tenta saber mais de mim, nem a família que me adotou sabe tudo sobre mim, eu sou muito fechada e odeio pessoas que fazem de tudo para tentar entrar em minha vida pra saber mais de mim.

Depois de ver meu mundo despedaçar tantas vezes, eu já não acredito mais nas coisas. não faço juras de amor, não espero o pra sempre de ninguém, não boto fé nas pessoas. eu perdi minha essência já tem um tempo, agora sou só uma casca vazia que vaga pelo mundo. ando por aí como uma assombração, sem esperança, sem planos, sem vida. sinto o mundo me engolir e a felicidade se esvair de mim aos poucos. minha falta de fé me desespera e minha angústia me corrói. o pouco de confiança que depositava em um e outro, já não deposito nem em mim. faço parte disso. desse descaso,dessa degradação contínua de tudo o que acreditávamos ser real e sincero. tudo o que um dia eu possuí, hoje é pó. tudo o que um dia eu fui, quebrou há tanto tempo, que nem tento mais juntar os pedaços.

(....)

Vancouver- 12:38 pm

Ludmilla: Rômulo! Eu quero que você faça uma verificação de antecedentes para mim.-Digo assim que ele atendeu o telefone.

Rômulo: Sim, senhora. Nome?.

Ludmilla: Brunna Gonçalves Coelho. Eu preciso um arquivo sobre ela, o mais rápido possível.- Digo e depois tomo um gole do suco de laranja.

Rômulo: Sim, senhora.- Eu desligo. Agora eu espero. Eu odeio esperar. Eu tenho que me dar tempo para ver se eu ainda a quero em um par de dias. Ela é muito jovem, e parece muito inexperiente, mas que divertido ia ser ensiná-la! Eu odeio esperar.

..

Um par de dias depois eu recebo seu relatório detalhado, mas indefinido. Ela tem 21 anos, trabalha na Academy School Dance de Seattle, sua mãe se chama Mirian e seu pai Jorge, ambos trabalham em um restaurante de Seattle o mais famoso também, então ela deve ser rica. Viro a folha querendo saber mais dela,não diz nada sobre seus relacionamentos passados ​​ou presentes. Mesmo embora tenham passado alguns dias desde que ela me entrevistou, não consigo tirá-la da minha cabeça. Eu tenho que descobrir. Eu chamo minha assistente.

Ludmilla: Olivia, me reserve um hotel em Seattle, para amanhã.

Olivia: Sim, senhora

Estou enlouquecendo agora, mas eu tenho que descobrir sobre ela. Eu nunca persegui uma mulher antes. É a primeira vez. E eu nem mesmo sei sua orientação sexual. Ela parecia estar respondendo positivamente ao meu charme. E se ela não for solteira? Merda! O pensamento nunca me ocorreu. Há apenas uma maneira de descobrir. Se ela não for, então eu vou voltar e esquecer toda esta aventura idiota. Mas agora, eu estou dando asas à minha mente e ansiosa para descobrir mais sobre ela. Não posso tirar da minha mente a visão dela mordendo o lábio nem impedir meu interior de se contrair como uma adolescente.

Eu vou vê-la novamente amanhã.