I

5.8K 431 54
                                    

623 palavras.

°●°●°●°●°●°


Bucky Barnes' POV

    O barulho irritante do despertador é o primeiro captado por meus ouvidos às 7:00 a.m. Meus olhos tentam se acostumar com a claridade que atravessa a porta de vidro que dá acesso a varanda do meu quarto.

    A mamãe deve ter esquecido de fechar as cortinas.

- Bebê, se levanta ou irá se atrasar - sinto o lado esquerdo do colchão ficar um pouco mais baixo - Eu deveria ter dito "bom dia" antes, não é? - suas mãos suaves acariciam os meus fios castanhos que provavelmente estão uma bagunça - Onde estão os olhos azuis mais bonitos do planeta?

- Não, mamãe - minha voz sai baixa e manhosa.

    Vejo ela se distanciar de mim até a porta.

- Não demore - fala antes de sair.

    Lavanto-me lentamente da cama e ando até o banheiro para fazer minha higiene pessoal. Depois disso visto uma calça skinny preta, uma camisa branca, um moletom vermelho e em meus pés um par de All Star branco de cano alto.

    Faço o trajeto até a cozinha e percebo que o meu pai também estava ali, o que não é comum, ele sempre sai cedo e chega tarde da empresa, nem mesmo na hora do almoço ele volta.

    Nunca tivemos uma relação ruim, mas isso não significa que estamos sempre a falar com o outro.

- Bom dia, James - sua voz ecoa pelo ambiente.

- Bom dia, pai - falo baixinho, às vezes ele consegue me deixar intimidado por causa da sua postura na maioria das vezes séria.

- Steve, você pode deixar James na escola?

- Sim - ele concorda - Como vai a escola? - seus olhos azuis deixam pela primeira vez a tela do celular.

- Bem - me sento próximo a ele, talvez a nossa relação melhore um dia - E a empresa?

- Cada dia melhor - ele para por um tempo para farejar o ar - Você está com um cheiro diferente? Você percebeu isso, Peggy?

- Não - minha mãe lança um olhar estranho, porém continuou se dedicando aos waffles.

°●°●°●°●°●°


Steve Rogers' POV

    James está com um aroma diferente hoje, talvez sejam apenas os hormônios se manifestado. O aroma doce adentra minha narinas, era tão bom, parecia que eu estava em um jardim cheio de flores. Infelizmente, minha mente grita que Gerry ainda é minha esposa e eu não deveria estar a apreciar o aroma de outra pessoa, mesmo que ela não tenha a minha marca eu continuo amando ela e ele é somente meu filho.

    Observo como a fisionomia dele mudou esses anos, seus quadris ficaram mais largos, sua cintura se tornou mais fina, suas coxas estavam mais grossas e sua bunda ficou mais empinada. Não tenho dúvidas que ele é um ômega, e a prova disso é o seu cheiro que agora está mais doce.

    Terminei o meu café da manhã com pensamentos que provavelmente pais não teriam de seus filhos, por mais que sejam adotados.

- Vamos, James, não quero que você chegue atrasado - andamos até a garagem em silêncio, não era do tipo desconfortável.


°●°●°●°●°●°


#Quebra de tempo#

    O trajeto até a escola foi calmo, aparentemente ele não gosta de conversar. E com esse pensamento percebo que nunca tentei ter uma conversa com meu próprio filho, que não conheço ele o suficiente para saber pelo menos qual a sua cor preferida.

- Te pego de que horas? - ao estacionar em frente a escola me viro para ele.

- Mas o senhor não vai estar na empresa? - ele parece confuso com minha pergunta repentina.

    Sim, estarei, mas quero ter um convívio melhor com você, quere te conhecer melhor.

- Não.

    James me encara por um instante, mas se apressa em fórmular uma resposta.

- Uma hora da tarde.

- Okay. Tenha uma boa aula - desejo para a meu filho.

    Observo seu corpo se distanciar do carro e se misturar aos outros jovens da escola.

Babyboy | StuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora