616 palavras.
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Bucky Barnes' POV
Ao chegar na sala de estar sou recebido com abraços calorosos de meus avós, depois disso passei a apenas vegetar em uma poltrona próxima dos sofás, ao ver que nunca participarei de uma conversa com alguém igual a eles passo a varrer o ambiente com os olhos a procura do meu querido livro perdido, ao terminar de analisar a área toda com o olhar percebo que seria melhor eu desistir de vegetar e realmente vasculhar os lugares nem que eles me peçam para voltar eu não irei escutar.
Ninguém percebe que eu odeio conversar, que eu odeio me relacionar com mais pessoas além de minha mãe e de meu pai? Eu me pergunto se tem alguém além deles que se esforçam em me entender, acho que não.
Ponho-me de pé e começo a caçada pelo maldito livro. Ao fazer isso escuto alguns pedidos deles para eu voltar a me sentar, exatamente como eu tinha imaginado. Alguns resmungos de meu avô dizendo que eu tinha que me socializar mais.
Ele fala como se eu não fosse um ser humano.
Procuro pela estante, em algumas gavetas, vejo até mesmo dentro dos vazos, e no lugar mãos provável eu não procurei pela primeira vez porquê?
Parabéns, Bucky.
Ele estava em cima de uma mesinha próxima a varanda, às vezes eu consigo ser bem estúpido.
Pego o meu livro como se não tivesse entrado em desespero a procura dele a algumas horas atrás e olho para os adultos que não tem nada de útil para fazer e saiu de fininho com um pequeno sorriso vitorioso nos lábios por sair daquele ambiente estressante - que para a maioria dos humanos um ambiente saudável é onde você conversa com pessoas.
Meus livros me entendem mais do que eles.
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#Quebra de tempo#
Enquanto eles passavam o dia conversando eu estava em meu quarto fazendo minha atividades escolares, li alguns livros, assisti alguns episódios da série Alto Mar, assisti aos noticiários, joguei algos jogos e ainda tive tempo de olhar as redes sociais.
Os idiotas de plantão acham que nós, anti-sociais, não temos redes sociais, pelo menos eu tenho duas: Instagram e Twitter, não me interesso pelo resto.
Agora, eu não tenho mais nada a fazer a não ser me deitar e esperar algum dos tagarelas me chamar para a janta.
Será que eles não ficam com a garganta dolorida?
Juro que não entendo como eles consegue passar tanto tempo conversando, talvez por eu não ter o costume de falar tanto quanto pessoas "normais" sinto um incômodo na garganta, mas eu também nem tenho paciência para me dedicar tanto a um diálogo.
Ergo o meu tronco ao me lembrar que tenho que passar algo para esconder algumas cicatrizes e arranhões recentes, digamos que eu me machuquei outra vez desde aquele dia. As pessoas denominam automutilação, infelizmente é algo que não está sob meu controle.
Ando até o banheiro com a intenção de achar alguns cremes para cicatrizes já com a coloração da minha pele, pego a caixinha no armário abaixo da pia e volta para a cama. Tiro a blusa de magas longas do meu corpo e começo a passar primeiro o creme cicatrizante pelos arranhões mais recentes, esses que se encontravam próximos aos pulsos, depois de ter a certeza que não era possível vê-los me concentro em passar nas cicatrizes mais velhas, porém sou interrompido por batidas na porta.
Tinha que ser agora?
- Já vai!
Apresso-me em vestir a blusa e depois corro para o banheiro e coloco a caixa sobre a pia, lavo minha mãos e volto para abrir a porta.
Abro apenas uma brecha e vejo Steve encostado no batente da porta.
- Hora do jantar.
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Babyboy | Stucky
FanfictionO que um pai pensaria ao descobrir que se sente atraído pelo filho adotivo, por mais que ele não estivesse presente todos os dias? Igual a um lobo, o instinto de proteção sempre prevaleceu em Steve, porém Bucky está crescendo, se desenvolvendo...