XIX

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826 palavras.

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Steve Rogers's POV

- Eu te disse que não era para sairmos daquela rua, James ficou o tempo todo nos esperando - me encosto na parede da Starbucks - Peggy? - viro meu rosto quando não escuto nenhuma reclamação dela pelo que eu disse e a encontro conversando com alguém no telefone - Peggy!

- Não está vendo que eu estou ocupada? Uma reunião de emergência está prestes a ser marcada e eu estou tentando mudar o horário - ela afasta o celular do ouvido e sussurra um pouco estressada.

    Tento ignorar que justo no dia em que resolvemos sair juntos para aproveitar a presença um do outro essas coisas acontecem. Viro meu rosto para a direita a procura de meu filho, felizmente eu avisto o seu corpo em meio aquela multidão que estava a tempo de arrastar ele para a direção contrária.

- Pai! - ele exclama quando finalmente consegue se livrar um pouco do tumulto.

    A única coisa que não agradou a meu lobo interno foi que ele vinha acompanhado por um rapaz negro, que eu acho que já o vi em algum lugar e se parece com alguém que conheço, mas eu não estou em condições para me importar com isso.

- Quem é ele? - puxo o meu filho pelo braço para afastá-lo do garoto que vinha atrás do mesmo.

- Pai, seja mais educado - ele me abraça carinhosamente - Bem, ele é um... amigo - aquilo soou mais como um pergunta.

- Você me disse que não tinha amigos - sussurro próximo dos lábios avermelhados de James - Está mentindo para mim?

- Depois eu te explico... Eh, poderia me apertar menos? - suas bochechas logo ficam coradas.

    Desfaço o nosso abraço para por causa do seu pedido e para Peggy não levantar suspeitas também, mesmo estando ao celular com algum dos seus colegas de trabalho. Paro para observar os dois adolescentes em uma conversa curta sobre algum assunto escolar e em pouco tempo o rapaz - que ainda não sei o nome - puxa James para um abraço um tanto que apertado.

    Pensava que era o único que tivesse o direito de abraçar ele dessa forma.

    James permaneceu na ponta do pés para passar os braços pelo pescoço do garoto, esse último que estava com os braços enlaçados na cintura do meu menino.

    Quem ele pensa que é?

    Não aguentando mais olhar aquela cena e acabo por dar um rosnado alto ao invés de dizer que "Vá embora!".

- Depois você me liga - ele sorri para James e começa a se afastar.

- Precisava? - sua expressão era raivosa.

- É uma maneira de dizer "Se manda daqui" mais educada - cruzo meus braços e faço uma carranca no rosto - Quem é o idiota?

- Vou ajudar ele em algumas matérias e ele fará o mesmo comigo - um bico se forma na boca de Bucky - O idiota se chama Eric.

- E você o deixa te abraçar daquele jeito?

- Por uma ajudinha em exatas esse sacrifício vale a pena - seu olhar indiferente me fez pensar que ele está escondendo algo.

- Depois conversarmos sobre isso, Barnes - cerro os olhos na direção dele - Ainda tá afim de ir a livraria?

- Claro - um pequeno sorriso se forma em seu rosto.

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#Quebra de tempo#

- "Elementar, meu caro Watson" - James vinha com uma pilha de livros que pela referência feita por ele com certeza eram de Sherlock Holmes - Segura um pouquinho para mim.

- Onde está o "por favor"?

- Não é um pedido, é uma ordem - ele pincela a ponta do meu nariz com seu dedo indicador e depois deixa um beijo na minha bochecha.

- Babyboy, os meus braços não vão aguentar - faço um biquinho para convencer ele a carregar a metade, porque eu estava com preguiça.

- Tá bom - ele retira somente três e segue a direita - Vamos para o primeiro piso, Steve - ele indica com a cabeça para os degraus coloridos e com frases de livros famosos.

- Okay - falo por causa da pequena reserva de coragem que será consumida enquanto subir a escada.

- Se tivesse aceitado apenas a proposta de vir a livraria, não estaria tão cansado - ele sorri em vitória e começa a subir os degraus.

    Realmente, eu deveria ter me contentando apenas com a livraria.

    Ao subir a escada observo a grande quantidade de colunas lotadas de livros e pessoas em leitura silenciosa a procura do livro desejado. Já James estava quase a subir outra escada. Acho que o meu tipo de passeio não é nada parecido com o dele, quando estávamos andando naquelas ruas lotadas ele não parava de reclamar o quão ruim era aquilo e ele se cansou tão rápido que nem parecia que tínhamos andado apenas um quarteirão, e agora ele parecia a pessoa mais energética que eu já conheci, pois eu o vi subir diversas rampas e escadas várias vezes seguidas sem fazer nenhuma reclamação.

    E nesse curto tempo em que estava pensando ele já havia subido aquela escada e mais outra.

- James, espera! - exclamo não tão alto, mas o suficiente para receber olhares feios e alguns "shhh" enquanto fazia o mesmo trajeto que meu filho.

Babyboy | StuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora