II

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428 palavras.

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Bucky Barnes' POV

    Enquanto passo pelos corredores lotados de adolescentes com hormônios a flor da pele - não é como se eu não tivesse - escuto assobios direcionados a mim e posso sentir os olhos das pessoas a queimar minha bunda. Isso é bastante desconfortável, só não chega a ser mais que um tapa forte que um garoto aplicou em minha nádega direita e um aperto que recebi na esquerda.

- Você quer matar a primeira aula atrás das arquibancadas? - um garoto negro me joga contra o meu armário e aperta fortemente minha cintura.

- Não... Eu preciso pegar os meus livros - tento tirar o garoto da minha frente empurrando minha mãos em seu peito, mas parece não gostar muito e empurra seu corpo no meu.

- Para quê tanta pressa? Temos tempo, baby - seu hálito quente bate em meu rosto.

- Por favor, pa-para - gaguejo ao sentir suas mãos deslizarem até o meu traseiro e apartá-lo novamente.

- Você vai gostar.

- Não - observo o corredor por cima dos ombros largos do rapaz se esvaziar de forma rápida.

    Por que isso só acontece comigo?

    O desespero toma conta do meu corpo ao sentir sua língua deslizar em meu pescoço.

- Seu cheiro é uma delícia - sua língua para por alguns instantes de tocar minha pele somente para ele dizer essas palavras e inalar meu aroma, mas logo voltar a tocar e deslizar sobre mim.

    Meu rosto a essa altura se encontra molhado de lágrimas, que cada vez saem com mais facilidade de meus olhos.

- Alguém...! - tento chamar por ajuda mas a mão do rapaz ruivo tampa minha boca rapidamente.

- Se você gritar novamente eu pulo as preliminares - ele sussurra em meu ouvido.

    Os grunidos emitidos por mim são inaudíveis e ele é forte demais, ou seja, a única opção que resta é aceitar que serei estuprado em um corredor escolar.

- Eric Wilson, solte o garoto e vá para a diretoria imediatamente! - um grito raivoso parte o silêncio horroroso do corredor.

    As mãos que me assediavam não estavam mais em mim, a testura áspera da língua de Eric não podia mais ser sentida por minha pele. O que me tocava eram mãos cuidadosas, essa com o provável objetivo de me acalmar.

- Irei explusá-lo hoje mesmo da escola, não se preocupe - uma voz suave adentra os meus ouvidos, mas eu não estava em um estado psicológico para conversas, então me limitei a encostar minha cabeça no ombro da mulher e deixar soluços escaparem de minha boca e as lágrimas a continuar molhar meu rosto - Ele sempre foi um babaca - a mulher desconhecida volta a sussurrar.

Babyboy | StuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora