XV

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1.396 palavras.

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Steve Rogers' POV

    Merda, eu falei que iria proteger ele.

    Mas o que eu poderia fazer para resolver essa situação, não me impor a nenhum dos lados? Isso só iria fazer James pensar que estou do lado deles.

- Steve, você deveria ter feito algo, não acha?

    A feição de Penny era a mesma de um pai dando um sermão em seu filho teimoso.

    Qual é a dele?

    Ele acha que pode simplesmente chegar em minha casa e dizer que eu não eduquei meu filho? Eu sei que eu não cuidei do jeito que um verdadeiro pai cuida, mas eu não o ensinei a ser uma pessoa ruim, sempre o falei para ser sincero o tempo inteiro, pelo menos ele não poderá negar isso.

- Perdão, Peggy - observo a minha esposa me olhar um pouco confusa - Escuta aqui, eu não ensinei a James mentir, muito pelo contrário, sempre disse a ele para ser verdadeiro com a pessoa quer for. Então de uma coisa todos vocês podem ter certeza, James não é um garoto mentiroso - aponta para cada um deles ao dizer isso - Com licença.

    Anda a possos largos até estar em frente a porta do quarto de meu filho. O que eu faço? Bato na porta? Isso parece ser algo tão simples, então por que está sendo tão difícil. Provavelmente eu estou com medo de ver ele com um rosto molhado de lágrimas de decepção ou não abrir a porta para mim.

    Esse garoto está me causando dores de cabeça, Jesus!

    Knock, knock.

    O som seco de meu punho indo contra a madeira está me causando arrepios pelo corpo inteiro. O silêncio estava a ponto de me deixar surdo, por sorte a porta é aberta pelo James que eu menos queria ver, aquele era o garoto triste que eu mais odiava. Por que não podia ser o garoto feliz que eu mais amava? Tinha que ser ele?

    Claro, eu não fiz absolutamente nada, o que mais eu poderia esperar?

- Apenas entre - ele foi direto como de costume.

- Desculpa, James. Eu não queria mais problemas do que os que estou me metendo - agarro com delicadeza o antebraço de meu filho e o puxo para envolver o seu corpo com meus braços carinhosamente - Eu só queria tirar a dor em seu peito e transferir para mim.

    Ele parece ficar assustado com minha última frase quando balança a cabeça negando o que falei.

- Não - duas mãos delicadas descansam em minha bochechas - Não diga isso. Se ainda estou aqui é porque aguento o peso que carrego.

- Então, por que não divide ela comigo?

- Não posso, Steve. Prefiro carregar esse fardo sozinho a ver você com pena de mim - ele sai de meus braços e me faz sentar na cama, ele anda até mim e fica em pé entre as minha pernas.

- Eu não vou ficar com pena de você - dou apertos carinhosos na cintura delicada dele.

- Você não irá me convencer.

    Os dedos delicados do garoto de cabelos castanhos enfia os dedos entre os meus fios loiros, depois passa a fazer uma leve massagem em minha cabeça. Meus olhos se fecham aos poucos afim de gravar aquele toque na minha memória.

- Onde aprendeu isso? - questiono ao mesmo instante que me delicio com aquele cafuné de olhos fechados.

- Com a mamãe.

Babyboy | StuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora