XXVIII

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1567 palavras.

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Steve Rogers' POV

    Não havia quase nenhuma maneira de escapar daquela emboscada que Sam havia me colocado. Afastei-me dele duas vezes e ele se aproximou de mim as duas vezes; mudar de assunto, já perdi até a conta de quantas vezes fiz para distrair o mesmo e conseguir fugir um pouco do seu toque, também não deu certo. O que me resta é dizer que preciso ir ao banheiro, não tem como ele querer ir ao banheiro ao mesmo tempo que eu, não é?

     Arrasto-me para a ponta do sofá, me levanto sem pressa enquanto invento a desculpa de que bebi muito refrigerante, até esse ponto o meu pequeno plano está dando certo e espero que continue assim. Quando avisto a porta do banheiro masculino ando mais rápido para conseguir pelo menos conseguir respirar por alguns minutos sem que Sam esteja me sufocando com a proximidade e o olhar dele. Por sorte o banheiro estava vazio e ninguém iria julgar um homem sentado sobre o mármore preto da extensa pia e levando os pés para trás e para frente feito uma criança que não consegue alcançar o chão da sala, porque as cadeira são altas.

    Passei a olhar para as minhas mãos por poucos instantes, já que eu não tinha outra coisa para fazer. Infelizmente, a porta foi aberta bruscamente e eu não tive tempo de sequer pensar em outra desculpa, imagina descer da pia para me esconder em uma das cabines. Viro minha cabeça para que eu pudesse ver quem havia entrado, mas me arrependo quando vejo um Sam caminhando apressado até mim.

- Nunca mais me deixe esperando - antes que eu pudesse questionar algo meus lábios foram atacados pelo homem negro.

    Eu queria muito não saber quem estava me beijando, queria que fosse um desconhecido, porque assim a probabilidade de o encontrar novamente era muito baixa, contudo querer não é poder muitas vezes.

    Mas tinha que ser justo o meu melhor amigo?

- Sam... - tento separar nossas bocas, mas ele escorrega a língua para dentro da minha dificultando minhas tentativas de me afastar.

    Depois de ele já ter explorado minha boca por completo, o mesmo diminuiu o ritmo, assim me dando a opção de empurra-lo para longe de mim, mas eu não desejava mais isso, agora eu estava levando as mãos para a nuca dele para aprofundar mais o beijo.

- Já estava pensando que você era contra classes iguais se relacionarem assim - ele pausa para falar e tomar fôlego.

- Eu só não quero que a nossa amizade seja estragada por um beijo. Bem... também porque sou casado - o tom que usei para a última frase era dúvida.

- Você não parece estar satisfeito com isso - ele se afasta por centímetros.

    Ele está certo, eu não estou me sentindo bem em mentir para Peggy e para mim mesmo. Eu deveria abri o jogo, mas o meu medo é a reação da minha esposa.

- Eu acho que minha ficha caiu agora - sussurro para que ele não ouvisse, porém a distância entre nós não era muito pequena.

- Eu conhecendo você mais do que a mim, e tenho certeza de que algo está acontecendo - um selinho é plantado em meus lábios.

- Você acharia errado sentir atração por seu filho? - meus olhos estavam observando tudo, exeto Sam.

- Não me diga que você e James... - ele interrompe a própria fala para ficar com a boca entreaberta - Bem, é um relacionamento peculiar, mas se vocês estão felizes é o que importa.

- Pelo menos a sua reação não foi gritar dizendo que é errado... Obrigado, eu precisava escutar a opinião de alguém.

- Você é meu melhor amigo... Não direi que é colorido, porque você está com James, mas se você quiser...

Babyboy | StuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora