XIV

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525 palavras.


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Bucky Barnes' POV

    Todos já se encontravam na sala de jantar, aparentemente tentando mostrar que ao me esperar estariam dizendo que eu sou importante, quando na verdade os únicos que se preocupam comigo são Peggy e Steve.

- Querido, por que não permaneceu com nós hoje a tarde? - a voz de Laura se faz presente com um tom de falsidade.

- Porque não estava afim de conversar com vocês - olho para os olhos castanho da senhora com o ódio me consumindo internamente.

- James! - a voz aveludada da minha mãe me repreende em tom baixo.

    Tento me concentrar em colocar minha comida e me sentar próximo a Steve.

    Até a metade do jantar ninguém mais havia dirigido uma só palavra a mim até que alguém colocou na conversa o tópico ensino superior.

- James, o que você quer cursar? - Penny olha para mim com um sorriso amarelo.

    Com certeza os dentes já estão podres por causa do bafo de falsidade.

- Por que te interessa?

    A única coisa que eu quero é terminar minha refeição e voltar para o meu quarto só para meus ouvidos não terem que ouvir tanta baboseira.

- Filho - minha mãe novamente tenta colocar na minha cabeca que tenho que ser educado.

- O que? - finjo desentendimento.

    Mas ela sabe que eu entendi sua fala, porque seus olhos se comprimem na minha direção.

- Literatura serve de consolo? - observo a expressão de meus avós e de minha mãe, não eram boas, mas não chegavam a ser assustadoras.

- Peggy, você não deu educação a seu filho? - Penny fala com indignação.

- Eu te dei educação para você usar, Barnes - lá vem o sermão da Srta. Carter.

- Não vou desperdiçar minha educação com quem não merece - argumento raivosamente.

- Eles são seus avós!

- Mas eles se importam comigo?

- Claro, que nos importamos - Laura dos que estão se pronunciando foi a única que não elevou a voz.

- "Claro, que nos importamos" - tento imitar a voz dela, porém adiciono um pouco de nojo na fala - Que nada, a primeira a coisa que vocês falaram ao saber que Peggy e Steve adotaram uma criança foi "Vocês não têm condições de gerar um filho?" - me levanto da cadeira batendo meus punhos na mesa de vidro.

- James Buchanan Barnes, vá para o seu quarto! - Peggy se levanta e aponta o dedo para a saída da sala.

- Não, Peggy. Eu não posso deixar eles humilharem meus pais nem a mim. Não é só porque eu sou adotivo significa que eu não seja o filho de vocês.

- Sabia que é feio escutar a conversa alheia, James.

- Que é relacionada a minha pessoa, então eu tinha o direito de ouvir. Vocês sempre me desprezaram - revezo meu olhar entre Laura e Penny.

- Calma - sinto a mão de Steve segurar a minha em uma tentativa falha de me acalmar.

- Você estaria calmo no meu lugar?Sendo desprezado? - viro meu rosto para Steve.

    As íris azuis me fitavam tristes, talvez pelo o que foi falado ou apenas por pena.

- Não me procurem.

    Saio daquele ambiente estressante com a cabeça a ponto de explodir, os degraus que dão acesso ao primeiro andar pareciam ser infinitos e o comprimento dos corredores haviam aumentado.

    Que sensação horrível.

Babyboy | StuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora