XXIII

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668 palavras.

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Steve Rogers' POV

    O cheiro de café no ambiente era muito agradável, até mesmo para quem não gosta da bebida. O lugar estava mais ou menos cheio, a maioria sentados nas mesas tendo uma conversa boa com alguém. Próximo ao balcão de atendimento começava a mediana fila, exatamente onde James estava.

- Não conte a Peggy que não estamos almoçando o que deveríamos - ele fira a cabeça um pouco mais logo volta a encarar os doces na vitrine

- Vamos comer aqui ou no carra?

- Você tem algo contra comer no carro? Eu não me sinto confortável aqui - me atento a última frase dita por ele.

    Olho para as pessoas ao nosso redor e algumas estavam observando ele. Talvez por causa do aroma mais adocicado que o comum, que mesmo carrega em seu corpo ultimamente. Desde pequeno percebo que a nossa sociedade nunca deixou os velhos costumes, que não são tão agradáveis para os ômega, principalmente, pois os mesmo sempre são alvo de assédio por terem corpos curvilíneos, aromas doces e embriagantes, e isso os deixa mais vulneráveis perante os alfas.

    Meus pensamentos são interrompidos quando meu ombro é apertado levemente por uma mão, então abaixo o olhar e veja uma não negra pousada alí. Solto um leve riso já sabendo quem era.

- Está pulando uma refeição saudável também?

- Meu filho me convenceu a fazer isso - me viro para encarar os olhos castanhos do meu amigo.

    Coro quando percebo que a distância que nos separava era bem pequena e dou um pequeno passo para trás, e quase me desequilíbro nesse ato, os reflexos de Wilson foram rápidos e suas mãos foram para minha cintura. Hoje o dia está estranho, assim como as pessoas, principalmente, James, e agora Sam.

- Obrigado, Sam.

    Para acabar com aquele clima tenso apresento o meu filho a Wilson, que nunca havia o visto, exceto por fotos que eu o mostrava.

- Finalmente, estou te vendo pessoalmente, James. Seu pai é um babão, sabia? Quando ele começa a falar sobre você não para mais.

- Isso também se aplica a você.

    Olho para meu filho e ele estava indignado com o que Samuel havia comentado, eu deveria saber que ele não gostaria de saber que eu falo sobre ele para Sam.

    O único movimento que James faz é um balançar de cabeça para o homem negro ao meu lado, mas parou quando viu um outro corpo atrás do Sam. A minha curiosidade foi o suficiente para me levar a inclinar a cabeça e ver que era o garoto que Bucky havia me apresentado em Manhattan hoje mais cedo. O garoto estava nervoso com a minha presença, provavelmente ele lembra do rosnado direcionado por mim a ele enquanto ele estava abraçando descaradamente o meu filho.

- Oi - foi só isso que saiu da boca dele.

- Olá, Eric.

- Quanto tempo, hein? - a voz baixa de James, claramente estava jogando falsidade em cima do outro jovem.

- Vocês já se conhecem? - a respiração quente do homem, que ainda tinha as mãos em mim, bate em meu rosto.

- Somos colegas, não é, Eric? - James eleva o tom de voz com um pouco de animação para disfarçar o quão desagradável parecia ser a presença de Eric.

- Pai, eu achava que já havia contado sobre James a você - ele andou até Bucky e passou o braço pelos ombros dele.

- Sério? Não me lembro... que seja - Sam, que havia virado o rosto para encarar o filho voltou a olhar para mim - Hoje vai inaugurar um restaurante, que pelas propagandas parece que vai ser legal, quer vir com Eric e eu? - ele fica meio desconcertado e tira as mãos de mim para coçar a nuca com uma e guarda a outra no bolso frontal dos jeans.

    Peço ajudar pelo olhar a James, o que não servir de muita ajuda, porque ele apenas deu os ombros e agarrou a mão de Eric, logo o arrastando para um mesa vazia no canto da parede.

- Pode ser - dou um sorriso amigável a ele.

- Às 8:30 P.M. está bom pra você?

- Claro.

Babyboy | StuckyOnde histórias criam vida. Descubra agora