- Cap. 7 -

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      To sentindo os raios de sol nos meus olhos que ainda estão fechados. Sou bem besta de ter esquecido de fechar as janelas.

      Fui me espreguiçando na cama e abrindo meus olhos devagar. Olhei para os lados e vi Yoongi dormindo.

      Flashes de ontem veio com tudo na minha mente. Ele me mostrando a sala de música e o mesmo tocando piano, não deixei de sorrir meio boba. Ontem realmente meu coração bateu bem forte ao lado dele. Só não entendi do por quê.

      E também teve minha primeira sessão com meu psicólogo. Bem, ainda bem que não precisei dizer nada sobre a mentira cabeluda que Jay Park fez sobre mim. Por outro lado, vou poder contar tudo para alguém profissional sobre os meus traumas e minha vivência com minha mãe e padrasto.

      Me levantei de onde estava e fui para o banheiro. Fiz minhas higienes matinais e troquei minha roupa. Branca como sempre.

      Sai do local e Yoongi ainda dormia feito um anjinho.

      Resolvi sair sem o Min e fui pro refeitório comer algo.

(...)

- Sabia que iria te encontrar aqui. - Disse se sentando no meu lado.

      Depois que tomei café da manhã, pensei em vir pro jardim pra pegar um pouco de ar.

- Deste quando está aqui?

- Faz alguns minutos. Como sabia que estaria aqui?

- Te conheço a pouco tempo e sei que gosta de vir pra cá.

- Hum, tá se achando muito sabichão pro meu gosto. - Digo fazendo uma careta esnobe e nós dois rimos com minha brincadeira idiota.

- Kim Lara?

      Me virei pra trás quando consegui parar de rir e vi que era aquele funcionário do meu primeiro dia.

- Sim?

- Tem uma pessoa querendo de ver.

      Pelo milésimo de segundo, quis vomitar. E se fosse aquele idiota? Ou é minha melhor amiga?

- Já vou...

      O funcionário foi pra dentro do hospício, me deixando com os pensamentos a mil e uma sensação de enjoo muito forte.

- Se for seu padrasto, não entra, só sai correndo pro nosso quarto que estarei lá. - Diz preocupado comigo e apenas assenti.

      Me levantei e fui pra dentro do hospício, me juntando com aquele funcionário.

- Quem veio aqui?

- Não sei te dizer, só me falaram que era visita e queria te ver.

      Engoli em seco. Por favor, não seja aquele projeto de toxicidade e sim minha amiga pra toda vida.

      O funcionário parou em frente de uma porta de metal, sem nenhuma janelinha pra saber quem estava do outro lado. Tô com a sensação de que vou vomitar até não dar mais.

- Pode entrar.

      Vejo o funcionário ir embora e me deixar com os dois seguranças ao lado daquela porta.

      Andei um passo pra trás, caso fosse aquele demônio, já iria sair correndo. Me inclinei um pouco pra frente pra girar a maçaneta.

- O-Oi?

- Quanto tempo, querida?!

      Ah, não!

      Queria fechar a porta, mas meu corpo se recusava a fechar. Em minha cabeça, não sinto meu braço, não consigo movê-lo.

O Garoto do HospícioOnde histórias criam vida. Descubra agora