Cap. 7 - Pai e Filha

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Narrado por Geanine


Apesar de Justin ter dito que não contaria nada ao meu pai, eu ainda estava tensa enquanto ele dirigia de volta para casa.

A noite já tinha caído e olhei o brilho de Nova Iorc pelo percurso de volta. Das casas até os altos prédios tudo tinha um brilho especial naquela cidade e eu sentia um prazer imenso quando estava ali. Apesar de Londres ter sido minha casa nos últimos anos, e de ter mudado minha vida completamente durante esse tempo, sempre tive um carinho maior por Nova Iorc. Talvez porque ter crescido aqui, por ela não deixar esquecer que já fui uma sonhadora garota.

Fico tão entretida com minhas lembranças e a paisagem da cidade que só noto que havia chego em casa quando me vejo na frente dela, com Justin entrando na garagem. Ele estaciona e desce pra abrir a porta para mim. Desço e seguro na porta, olhando nos olhos cor de mel dele. Lindos olhos, por sinal.

- Não pretendo sair pela manhã amanhã, então pode chegar depois do almoço. - digo dando um curto sorriso. - Está dispensado por hoje.

Queria que ele me visse como uma aliada, e esperava muito que isso desse certo.

- Ok. Tenha uma boa noite, senhorita.

- Não precisa me chamar assim. - sorrio me afastando, mas sem tirar os olhos dos dele. - Pode me chamar de Geanine.

- Tudo bem. - diz com uma ruguinha na testa.

Seguro uma risada e dou as costas para ele, indo até o elevador e apertando o botão para ele descer. Meu celular vibra e pego olhando a chamada da Marian. Atendo e começamos a conversar sobre a tarde.

Quase não conversamos, eu estava mais interessada em me divertido como antes, e ela estava mais interessada em pegar o máximo de caras possíveis, como sempre.

Entro em casa ainda falando ao telefone, meu pai vinha pelo corredor íntimo em e olha dos pés a cabeça, parando na minha frente.

- Marian, te ligo mais tarde. - digo cortando o que ela contava e desligo a ligação. - Oi, pai.

- Onde passou a tarde? - pergunta de forma casual.

- Saí com a Jenny, fomos olhar uma exposição, tomar um café... - dou de ombros com leveza, mas fazendo uma nota mental de passar esse dado para Justin por em seu relatório.

- Jenny? - ele franze a testa.

- Ah, é uma garota com quem fiz algumas das aulas de Frances. Não sei se cheguei a falar dela. - sorri.

Meu pai me olha desconfiado, mas sorri como só ele sabia fazer.

- Que bom que está saindo com suas boas amizades. - diz com naturalidade, que eu sabia que devia ser forçada. - Janta conosco ou irá sair novamente?

- Não. A tarde já foi cansativa o suficiente. Vou tomar um banho e depois me junto a mesa.

- Perfeito. - sorri satisfeito e sai do meu caminho.

Sorrio e sigo até meu quarto entrando e fechando a cara. Odiava aquilo, as perguntas com ar descontraído quando eu sabia que era apenas ele tentando fingir que não era um maluco que queria saber todos meus passos.

Tiro a roupa a caminho do banheiro, deixando as peças pelo chão mesmo. Ligo a banheira e deixo ela enchendo enquanto fico diante do enorme espelho me olhando com um leve sorriso nos lábios. Meus seios ainda estavam avermelhados das chupadas que ganhou, e ainda tinha uma marca de dedo debaixo do seio onde fui apertada.

Mattew, o cara com quem fui para o quarto, tinha se revelado um bom amante, o que foi um pouco de surpresa, porque achei que ele seria bem mais ou menos. Ainda sentia um pouco da pressão dele entre minhas pernas. Foi perfeitamente rude, como gosto.

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