Cap. 11 - Carter Barnes

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Narrado por Geanine

Após tomar um longo banho, deitei na minha cama e liguei para Marian.

"Fala vadia!" - disse ela ao atender.

- E ai, biscate! – eu ri – Já voltou para casa?

"Estou entrando no prédio. E você?"

- Acabei de deitar, morta. - suspiro.

"Nem me contou o lance do jantar."

- Foi o de sempre. - reviro os olhos mesmo que ela não pudesse ver.

Faço um rápido resumo para ela sobre o jantar na casa dos Barnes. Era uma família britânica que havia se mudando há alguns anos para cá depois dos negócios serem mais promissores aqui, pelo que minha mãe havia dito enquanto nos arrumávamos. Para mim, era apenas mais pessoas ricas detendo um império, e que tinha objetivos semelhantes ao meu pai, ou não teríamos relação alguma com eles além de cumprimentos amigáveis em eventos pela cidade.

- Ao menos o filho deles é um gato. - comento no final para ela.

"Conte mais" - posso ver ela sorrindo ao falar isso.

Rio e conto a ela sobre Carter Barnes. Conversamos por um tempo, ele era, de longe, a pessoa mais interessante ali. Seus cabelos negros, os olhos castanhos, a pele oliva, atraíram meus olhos no momento em que entrei no luxuoso cômodo e o vi sorrindo e conversando com uma mulher mais velha. Nossos olhares se encontraram na distância e senti que ele também ficou interessado, afinal, quando fomos apresentados, ele segurou a minha por um tempo maior que a dos meus pais.

"E como não arrastou ele para a festa na casa do Mattew?" - protestou ela.

- Claro, porque sair com ele não deixaria completamente claro para o meu pai que eu não iria jantar com seus pais.

"Ah! Verdade. Esqueci desse detalhe." - ela suspirou e posso ouvir o som da chave na porta do apartamento - "Minha nossa! Quase esqueci do maior babado que preciso te contar".

- E ainda não começou a contar porque? - rio levemente virando de costas na cama.

"Peguei o delicioso do seu motorista" - anunciou.

- Como é que é? - no mesmo momento volto a ficar de peito para baixo, encarando minha cabeceira sem realmente a ver.

Marian contou detalhadamente como fingiu que eu estava em perigo para o atrair até o quarto, e que não foi tão difícil o convencer a irem para a cama, o que ela não esperava era que ele fosse um ogro que até sua lingerie rasgou. Eu não podia dizer que estava surpresa. O jeito dele indicava que devia ser um animal na cama, mas realmente estava surpresa por se deixando levar para investida dela.

- Nossa, até fiquei com vontade de experimentar ele agora. - comento quando ela termina.

"Vai fundo, amiga. Apesar de tudo, ele é realmente gostoso".

- Pretende abusar dele mais vezes?

"Sabe que não pego o mesmo cara duas vezes, apesar de ser tentador estar com ele novamente."

Rio. Marin era pior do que eu.

Conversamos um pouco mais e logo o longo dia cobrou seu preço e desliguei para dormir.

Pela manhã, após um banho e me arrumar, sentei à mesa do desjejum cumprimentando meus pais que já estavam ali. Mamãe se servia com seu pão integral orgânico torrado, enquanto meu pai tomava café lendo o jornal.

- Não vi que horas chegou ontem. - comentou meu pai após responder meu cumprimento.

- Não sei que horas cheguei, mas não era tão tarde. - foco em me servir.

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