Não foi uma manhã agradável. Depois do que Geanine disse a respeito de seu pai eu não conseguia pensar em mais nada. Sabia que devia ser por esse motivo que Diana e elas conversavam no elevador quando desceram. Eu realmente devia ter imaginado que aquilo aconteceria, só esperava que Diana tivesse me avisa. Não por mim, mas por ela. Não queria causar problemas.
Geanine sai da aula acompanhada de uma colega, as duas entram no carro e as levo até o shopping como pede. O que atrapalha meus planos de conversar com ela sobre o que estava acontecendo, mas me mantenho neutro fingindo que não havia nada de mais rolando.
Sigo às duas pelo shopping, mantendo certa distância, usando analisar Geanine como desculpa para não pensar no que iria acontecer quando chegasse em casa.
Era admirável como ela conseguia cumprir muito bem o papel de garota doce e perfeita. O que acho que devia ser um elogio aos professores que ela deve ter tido. Afinal, deve ter tido muitas aulas de etiqueta para chegar nesse nível de delicadeza, mesmo quando se era uma vadia fingida. Claro que a amiga dela não ficava atrás no quesito elegância e classe, mas Geanine sabia ser mais, bem mais elegante.
Saímos de lá direto para a aula, agora, de pintura, já que desistiu da de violoncelo. E o travejo foi tão rápido que nem tive como abordar o assunto de Diana, então tive que esperar até o fim de sua aula e usar o trânsito como desculpa para conseguir conversar com ela.
- Posso lhe perguntar algo? - começo devagar e ela encontra meu olhar no reflexo do espelho central.
- É a respeito de Diana? - sorri de leve.
- Acha que seu pai irá despedir ela?
- Está apaixonado Justin? - ela ergue uma sobrancelha.
- Não. Porque a pergunta? - fico confuso.
- Preocupado com ela ao invés de você, só poderia ser isso. - dá de ombros voltando o olhar para o tablet - Até porque é perda de tempo se preocupar assim.
- Num sentindo bom ou ruim?
Ela sorriu sem me olhar ainda.
- Diana é a menina dos olhos do meu pai, depois de mim, claro. Nem se ela quisesse, sairia desse emprego.
Respiro um pouco mais aliviado, ao menos ela não se ferraria por causa da minha ideia de ter a chamado para sair. O que realmente me irritava, porque era algo exagerado da parte dele.
- Ao menos foi boa a transa com ela?
Olho pelo retrovisor, surpreso com a pergunta. E como não respondi, Geanine entrou meu olhar.
- O quê? Se não está preocupado em perder seu emprego, a transa deve ter sido no mínimo boa.
Rio balançando a cabeça.
- Para você tudo tem que se resumir em sexo? - relaxo mais focando no trânsito que aliviou mais.
- Claro que não. - responde e ouço ela se mover no banco de trás, quando olho pelo retrovisor seu rosto está perto do meu. - Mas vai dizer que não acha que é uma das coisas mais deliciosas dessa vida?
Seu sussurro me revira por dentro e a olho por cima do ombro. Os olhos verdes dela tinham uma intensidade nos meus e sinto meu amigo dentro da calça dá sinal de vida.
- Senta. - é o que digo voltando o olhar para a frente. - E por favor, não fica me provocando. Não estou interessando em ser seu divertimento.
Ouço ela rir e se jogar contra a poltrona. Lembro do que ela disse pela manhã, o que quase tinha sido esquecido. Se aquilo era um jogo, eu não estava afim de jogar, ainda mais porque meu pescoço estava a risco.
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O Segurança
RomanceQuando Justin recebe uma ligação de uma das famílias mais ricas de New York contratando seus serviços de segurança, ele primeiro pensa em recusar, pois aquele não era o modo como recebia seus trabalhos, mas ao saber que teria apenas que cuidar da fi...