Cap. 6 - Festa Esquisita

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Estaciono a moto no que parecia que seria minha vaga permanente - enquanto trabalhasse para aquela família - e desço caminhando na direção do Rolls-Royce enquanto mexo no celular.

- Justin! - ergo a cabeça para ver Taylor saindo do elevador e se aproximando.

- Fala cara. - trocamos um cumprimento. - Tá de saída?

- Folga. - ele sorri. - E aí, como está sendo com a garota?

- Bem, por enquanto. - pondero o pouco o que havia pensando pelo resto da tarde anterior. - Você que trabalha aqui há mais tempo, tem algum problema entre a garota e os pais?

- Não. - ele franze a testa. - Porque? Tem algo errado?

- Não realmente, mas ontem ela perguntou quais as ordens que o pai dela tinha me dado, como se quisesse saber as limitações do que podia fazer.

- Ah. Isso. - ele ri de leve. - Relaxa. O cara é meio controlador, então acho que ela não deve curtir muito. Garanto que a mulher dele não curte.

Assinto. Se fosse isso, acho que não devia me preocupar tanto de para onde a gente ia hoje.

- Deixa eu ir, tenho uma gatinha pra visitar. - ele pisca pra mim trocando outro cumprimento.

- Vá lá. Divirta-se. - rio pensando na irmã de Ben que passou a noite em minha casa novamente.

Se as coisas continuassem como estavam entre nós dois, acho que eu teria que tomar mais cuidado para que o irmão dela não nos descobrisse.

Sigo até o carro, recebendo a mensagem de Diana confirmando que Geanine desceria em breve. O que não me surpreendia. Mas me deixava alerta novamente. Me perguntando o que estaria rolando.

Levo o carro até a entrada do elevador e desço no mesmo momento em que a porta abre e Geanine sai. Dou um olhar nela. Usava apenas um vestido de tecido leve e florido, até o joelho, e sapatilhas. Os cabelos estavam soltos como sempre. Não tinha nada de diferente, mas isso não significava que ela não aprontaria algo.

- Boa tarde, senhorita. - digo abrindo a porta pra ela.

- Boa tarde, Justin. - ela sorri pra mim. - Vamos pra Long Island. Ok?

- Sim, senhorita. - afirmo assentindo com a cabeça.

Ela entra e fecho aporta, logo me posicionando atrás do volante manobrando para fora da garagem. Geanine se estica entre os bancos e coloca no GPS as coordenadas do local. Era um dos bairros a beira do mar que tinha por lá. Relaxo percebendo que não teria nada de Brooklyn ou Queens. Provavelmente seria só mais uma tarde com os amigos ricos.

Quase cinquenta minutos depois chegamos ao local. Uma casa de dois andares com uma arquitetura antiga, mas não clássica. Eu tinha visto mais bonitas no caminho, mas não era isso que chamava a atenção nela, e sim os carros estacionados - todos caros - e o som de música eletrônica que parecia vim dos fundos dela.

Desço para abrir a porta, mas Geanine já está descendo pelo lado contrário e se encaminhando para a casa. Apressando o passo para a alcançar, sigo atrás dela, chegando no momento que ela chega na porta e aperta a campainha. Ela ajeita o cabelo, o colocando pra trás do ombro e ajusta o decote discreto do vestido, o deixando mais destacado.

Os olhos dela vem na minha direção e um sorriso de lado surge em seus lábios. Nada de timidez ou desaprovação por eu estar a olhando. Geanine apenas me olha nos olhos com diversão e excitação. Não do tipo sexual, mas de alguma forma isso desperta o desejo dentro de mim, e preciso agradecer quando a porta se abre, o som da música eletrônica ficando mais alta.

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