Já era o fim da tarde quando me avisam que Estevan queria falar comigo.
Não fazia muito tempo que Geanine e eu tínhamos nos encontrado no estacionamento, e por mais que tivesse algo a ver com isso, no fundo, sabia que era por causa da Diana.
Sai do elevador inspirando fundo e vi que havia uma mulher na mesa que era de Diana. Falei com ela rapidamente, avisando que haviam me chamado e ela disse que o homem me esperava. Pensei em perguntar se ela já era a nova secretária, mas a cara de cu que ela tinha me fez desistir da ideia.
Bati na porta e entrei quando ouvi ele autorizar. Estevam estava sentando na sua cadeira costumeira, os dedos cruzados sobre a mesa e um olhar irradiando ódio.
- Senta aí – disse ele rispidamente.
Obedeci e sentei na cadeira em frente a ele, me lembrando o dia em que fui contratado. Ele me encarou por um momento e eu mantive o olhar calmo e inocente, não podia querer enfrentar o cara, só fingir que não sabia porque estava ali.
– Acredito que já imagine porque te chamei aqui. - finalmente diz.
- Na verdade, não sei exatamente o porquê. – falei.
Ele sorriu sem humor e se encostou na cadeira, alisando a gravata azul-escuro.
- Diana pediu demissão, e ela era a melhor secretaria que tive, foi uma pena vê-la partir – refletiu ele me encarando.
Senti vontade de rir e dizer que só estava sentindo pela perda do sexo com ela, mas me controlei, mantendo a fachada de desentendido.
– Acho que imagina qual o motivo da demissão dela. – neguei com a cabeça e ele riu com escárnio. – Você é péssimo fingindo, mas vou entrar no seu jogo e dizer o porquê. Ela saiu por sua causa, porque você a magoou.
- Não tínhamos nada para que ela pudesse se magoar. – falei friamente.
- Eu sei dos encontros de vocês – disse levantando – sei de tudo que se passa nessa casa. Não tente me fazer de tolo garoto. – ele olhou pelo o vidro que dava visão ao parque iluminado com o pôr-do-sol. – Quero que arrume suas coisas e vá embora, não preciso mais de seus serviços.
Engoli em seco. Mesmo estando preparado para isso, foi quase um choque ouvir as palavras.
- Não querendo ir contra sua ordem, mas não acho que isso seja motivo para eu ser despedido. – falei calmamente.
Ele virou para mim e seus olhos faiscavam chamas de ódio.
- Sua opinião não me interessa. Você tem até a hora do almoço de amanhã para ir embora. Agora pode sair. - disse rispidamente.
Pensei em discutir, mas achei melhor não ir mais contra ele, ou poderia ser bem pior. Levantei e sai sem dizer nada. Isso era esperado, ainda mais depois da conversa com Geanine, sabia que mesmo ela tentando convencer ele não ia rolar, o pai dela era um filha da puta detestável.
Dentro do elevador, trinquei os dentes percebendo que se não fosse pela decisão de Diana as coisas teriam dado certo para Geanine e eu. E se isso foi por causa de ontem a noite, eu estava mais puto ainda.
Sai assim que as postas abriram, me sentindo muito cansado. Agora teria que pensar como faria para encontrar com Geanine e manter ela segura do pai maluco. Não que eu ali ajudasse muito, mas de toda forma precisava fazer algo.
- Ei Justin! - chama Taylor e paro já perto do meu quarto.
- Fala.
- E aí?
Noto que alguns atrás dele me olhavam também.
- Vou arrumar minhas coisas. - dou de ombros e dou as costas, entrando no quarto.
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O Segurança
RomanceQuando Justin recebe uma ligação de uma das famílias mais ricas de New York contratando seus serviços de segurança, ele primeiro pensa em recusar, pois aquele não era o modo como recebia seus trabalhos, mas ao saber que teria apenas que cuidar da fi...