Cap. 4 - A Amiga

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Demoro um instante para notar que a moça estava ali. Ela havia trocado a roupa confortável por um vestido azul escuro, que se abria na coxa quando ela andava. Era um vestido discreto, mas de alguma forma ela parecia tão sexy nele.

Guardo o celular tirando aquele pensamento da cabeça. Ela era minha responsabilidade, não a próxima garota que eu levaria para a cama. Abro a porta do carro para ela que já anuncia o destino enquanto entra. A mesma loja que pediu antes. Assinto e fecho a porta, logo indo para trás do volante e seguindo para o destino.

É um trajeto curto, feito em oito minutos, mas que poderia ter sido menos se não fosse o transito. Estaciono o carro em frente a loja de construção antiga, mas com uma moderna decoração nas vitrines.

- Pode dar uma volta e me buscar em duas horas. - diz ela saindo do carro antes que eu abrisse a porta para ela, me fazendo sair apressado, ainda mais por ela estar simplesmente indo em direção a loja e querendo me dispensar.

- Não posso. Minhas ordens são para acompanha-la. - ela para e me encara, claramente não gostando de ser contrariada.

- Não preciso ser seguida. Vou ficar dentro da loja, apenas. Quando precisar voltar para casa eu chamo. - sua voz sai doce, apesar do tom firme. Estava tentando me dobrar sem perder a postura de patroa.

Eu adoraria deixar ela fazer suas coisas em paz e dar uma volta com aquele carrão, mas infelizmente quem estava me pagando era o pai dela, e ele era quem mandava, não ela.

- Sou seu segurança, não motorista. Irei com você. - afirmo com um tom firme, para não deixar duvidas que ela não poderia me fazer mudar de ideia.

Ela inspira fundo, e mesmo com a raiva chamuscando em seus olhos verdes, ela força um sorriso na minha direção e se vira entrando na loja. Travo o carro e sigo ela de perto, mas não tão próximo, ia deixar a privacidade dela, se era isso que queria.

Uma garota acena do outro lado da loja, e seguindo até ela. Paro cinco passos de distancia, ficando perto de uma das mesas com joias que valiam mais do que minha moto, provavelmente, e fico quieto enquanto elas conversam. Bloqueio qualquer que fosse o assunto tratado elas, mas sinto o olhar da garota em mim.

Pelo breve momento que olhei para ela sabia que era baixinha, menor que Geanine, que era da minha altura nos saltos. Tinha cabelos cor de caramelo e longo, pele parda, olhos castanhos e lábios carnudos. Usava uma roupa colada, mostrando o corpo magro e de delicadas curvas. Era bem bonita, e se a tivesse visto por aí, com toda certeza tentaria leva-la para minha cama.

Elas conversaram um pouco e começaram a andar pela lonja, ainda conversando, mas agora admirando as jóias. Me mantive na mesma distancia e ignorando parte da conversa delas que saia mais alta. Obviamente que falavam sobre as jóias e baboseiras de garotas.

Saímos uma hora depois, após elas pagarem seja lá quais jóias escolheram. Abri a porta do carro onde as duas entraram.

- Para o Le Cafe Coffe. - diz Geanine.

Assinto fechando a porta e entro no carro, logo dando a partida e seguindo até o local bem comum, na minha opinião. Eu mesmo já havia levado uma garota lá uma vez. Não era tão longe de onde estávamos, mas levamos quinze minutos para chegar lá. As amigas conversavam baixam enquanto olhava o celular.

Ao menos Geanine fazia isso, sua amiga me olhava pelo espelho retrovisor central, sempre sorrindo de lado quando nossos olhos se encontravam. Eu queria muito não pensar que ela estava me dando moral, porque isso inflava meu ego e me deixava pensando em todas as formas que faria ela gemer meu nome, mostrando que nenhum dos engomadinhos que ela pegava jamais a satisfizeram de verdade. O que não aconteceria fora da minha mente, porque eu estava em serviço.

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