Ter ido ao bar com Taylor não foi exatamente a melhor ideia que tivemos. Ainda mais porque fomos idiotas em colocar o endereço dos fundos da casa na volta, e enquanto entramos bêbados na casa, acabei esbarrando em um vaso que caiu e quebrou. Roberto, um dos seguranças da noite, cruzou os braços e nos encarou balançando a cabeça.
- Cara, não fala, diz que foi o vento. - Taylor tenta parecer sério em seu pedido, mas segurava o riso e tinha a língua enrolada.
- Vocês estão bêbados demais, meu deus. - comenta Roberto.
- Estamos bem, e vamos comprar um vaso igualzinho, prometo. - garanto, mas imaginando que aquilo valeria nossos dois salários.
- Vão é para a rua. - garante Roberto e indica o canto de cima no teto. - Tem uma câmera ali que filmando tudo. Pela manhã vão passar uma olhada nos vídeos e isso vai ser um problema só de vocês. Boa sorte.
Ele nos dá as costas e olho para Taylor, o álcool praticamente passando com a ideia de pegarmos uma justa causa por causa da porra de um vaso quebrado.
- Caralho, eu como a mulher do chefe e vou ser despedido por causa de um vaso?! - exaspera, Taylor.
- Fala baixo, merda, senão vai ser despedido pelos dois motivos. - digo olhando o caminho que Roberto sumiu.
Ele resmungou algo sobre estar fudido de toda forma e eu apenas procurei uma forma de isso não ser tão ruim para a gente. Eu não podia ser despedido por causa daquilo, não depois do que fiz com Geanine. Se bem que depois do que rolou com Diana, Geanine interveio, me ajudou a ficar, eu só não sabia se podia confiar nela fazendo isso de novo não.
- Já sei. - viro para Taylor que me olha ainda muito bêbado. Não que eu estivesse muito melhor. - Ele falou que só de manhã vão ver as filmagens, então podemos entrar na sala e apagar essa parte da noite.
- Eu não faço ideia de como faz isso.
- Se me disser onde é a sala e tiver como entrar, eu consigo fazer isso.
Trabalhar em boates me serviu pra algo.
Taylor parece incerto, mas bêbado do jeito que estava, topa. Voltamos por onde viemos e dobramos em uma portava que dava na garagem, percebo que íamos até a sala da segurança, para onde Diana constantemente ia.
Como eu imaginei, a porta estava trancada. Suspiro pensando em uma forma de entrar, porque arrombar portas nunca foi comigo, mas prontamente Taylor puxa seu chaveiro suíço e enfia uma das várias pontas na fechadura e força até a porta destrancar.
- Cara, nem eu que morava no Brooklyn sei isso. - comento baixo.
- Eu sou do Broox meu amigo. - ele empurra a porta com um enorme sorriso.
Sorrio entrando com ele e fechamos a porta atrás. Olho o aparato e dou um assobio vendo que era coisa de ponta. O cara tinha todo o prédio monitorado, menos a parte da casa e o dormitório dos funcionários. O que era um alívio. Vou até a mesa de filmagem e seleciono uma câmera, procurando a filmagem da câmera do saguão e logo achando, pego a filmagem da gente derrubando e apago.
- Vamos ter que tirar os cacos do vaso de lá. - digo ao finalizar.
- Cara, cê tem que ver isso. - diz Taylor sério.
Viro pra ir até ele e me aproximo. Era Diana, passando a mão nos lábios, olhando para algum canto, e pela posição dela, sentada na ponta de sua mesa, ela olhava para a porta do elevador. Taylor me olha preocupado e logo volta a fita, engulo em seco ao notar do que se tratava. Quando ele para a fita, Diana está levantando de trás da mesa, Estevan se aproxima e ela diz algo mostrando a prancheta para ele, mas o cara não parecia interessado, fala algo para ela que nega com a cabeça e olha na direção da porta do elevador, mas ele aproveita o movimento e beija o pescoço dela, que volta o olhar para ele. Os dois trocam algumas rápidas palavras então ela toca o rosto dele, um sorriso em seus lábios e os dois se beijam. Não era forçado, não era assedio, ela realmente queria aquele beijo. Então não se importou quando ele a empurrou até a mesa e colocou a mão por dentro da saia justa abaixo do joelho que ela usava, o tecido subindo, mas ela segurou a mão dele, parando o beijo. Novamente algumas palavras, então ele deu outro selinho nela e se afastou, sumindo no ponto cego da câmera, ela limpando os lábios e olhando na direção dele.
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O Segurança
RomanceQuando Justin recebe uma ligação de uma das famílias mais ricas de New York contratando seus serviços de segurança, ele primeiro pensa em recusar, pois aquele não era o modo como recebia seus trabalhos, mas ao saber que teria apenas que cuidar da fi...