Pelo resto da semana depois da festa que levei Geanine, ela pareceu a mesma garota do primeiro dia. Almoços com sua amiga - que ainda dava em cima de mim, bater perna no shopping, e acrescentou aulas de russo e violoncelo.
Era estranho ver elas fazer essas coisas depois de como agiu na festa, mas se ela tinha ataques bipolares eu não podia fazer nada. Não era médico e meu trabalho não era ficar regrando como ela agia, apenas ficar de olho no que fazia.
Quando percebo a semana tinha acabado e Diana me avisa sobre o relatório que tinha que escrever. Isso me trás dois incômodos: o de ter que escrever um relatório, e o de não saber o que escrever no relatório.
Geanine já tinha deixado claro que eu não podia falar sobre a ida dela até a casa do amigo, e achei que ficou implícito que os pequenos encontros que ela teve durante a semana com esse tal amigo também devia ficar de fora.
Passei quase a noite inteira em claro pra escrever e reescreve aquela porcaria de relatório, mas o finalizei a tempo de entregar no dia seguinte quando cheguei para leva-la até sua aula de russo.
- Aqui. - digo entregando para Diana o relatório.
- Esperava só pra amanhã, mas que bom que trouxe logo. - ela sorri pegando a pasta com o documento dentro.
- Posso trazer amanhã, se quiser. - dou um sorriso de lado.
Quanto mais via Diana, mais ficava intrigado sobre que tipo de mulher ela devia ser quando não estava trabalhando.
- Não precisa. - é tudo o diz ficando seria novamente.
Me dá uma breve despedida já se afastando. Iria a chamar de volta, mas o a porta do elevador abre e Geanine sai vindo na minha direção. Deixo pra lá. Não era como se eu fosse ser despedido por dar encima dela. Pelo menos achava que não fosse rolar isso.
A noite eu não consegui dormir de primeira por causa do relatório. Ele iria decidir tudo sobre meu futuro trabalhando com aquela família. Me perguntava se o pai dela acreditaria mesmo que a filha dele só passeou. Acho que foi por isso que citei a doida da amiga dela ter feito insinuações para meu lado. Não queria pintar Geanine como a menininha perfeita, porque acho que seus pais sabiam, ou não teriam me contratado, mas também não queria deixar claro o quanto ela fingia ser boa moça.
Acordo com o celular tocando. Ainda grogue de sono atendo e reconheço a voz de Diana me cumprimentando, o que me faz despertar o suficiente para sentar e limpar os olhos.
- Não, tudo bem. Estou muito atrasado? Posso chegar em...
- Não, não está atrasado. - ela corta minha resposta a seu Bom dia. - Estou apenas ligando para dizer que hoje terá uma folga, mas deve usa-la para resolver sua mudança para a residencia dos funcionários.
Ter sido despertado antes da hora não faz meu cérebro trabalhar rápido o bastante.
- Mudança? - não escondo que ela não estava fazendo sentido para mim.
- Você foi contratado efetivamente, Sr. Diaz. E como segurança particular, precisar residir na casa. A não ser que não queira, mas então terá que vim conversar com o Sr. Kerr e negociar seus termos quanto a horários e outras coisas.
Passo a mão no rosto despertando mais e lembrando da conversa no primeiro dia naquela casa e as outras que tive com Taylor. Confesso que tinha esquecido que um contrato efetivo me faria morar na área dos funcionários. A primeira coisa que se passa na cabeça depois de entender isso era que meu relatório tinha agradado o Estavan Kerr, já que me contratou finalmente; a outra coisa era que se eu morasse lá poderia ter algumas regalias, segundo Taylor havia me dito.
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O Segurança
RomanceQuando Justin recebe uma ligação de uma das famílias mais ricas de New York contratando seus serviços de segurança, ele primeiro pensa em recusar, pois aquele não era o modo como recebia seus trabalhos, mas ao saber que teria apenas que cuidar da fi...