Cap. 29 - Tal Mãe, Tal Filha

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Eu olhava o teto do quarto de hotel, minha respiração finalmente normal. Não tinha nada na mente, não realmente, só fitava o teto me fazendo ciente do que estava ao redor. Geanine, que estava deitada ao meu lado, finalmente levantou e passou a mão no cabelo, levantando nua mesmo, sem timidez alguma, e foi até à mesa onde estava nossos almoços e sentou começando a comer.

Sento na cama a olhando, o cabelo caindo abaixo dos ombros, algumas mechas escorrendo para frente, suas costas lisas e imaculadas, as pernas cruzadas. Então ela olhou para mim, os olhos verdes me fitando um instante antes de um sorriso curto surgir em seus lábios perfeitos ainda um pouco inchados dos nossos beijos. Se ela pedisse, eu a beijaria de novo, e então transaríamos em cima da mesa, mesmo que, no fundo, ainda tivesse uma parte minha que não devia prolongar muito mais essa idiotice.

- Não estava com fome? - perguntou apoiando o queixo no ombro, ainda me fitando.

Eu conseguia ver um pedaço do seu seio, o mamilo tão delicioso, mas que não pus na boca dessa vez. Queria puxar ela para a cama e aproveitar de verdade aquele quarto, mas não o fiz. Levantei e fui nu, ela não parecia se incomodar com isso. Na verdade, me analisou até eu sentar a sua frente na outra cadeira disponível. Retirei o filme do prato e comecei a comer, meus olhos indo até os dela.

Comemos em silêncio um momento, apenas nossos olhos se comunicando. Ela havia adorado o que fizemos, estava mais iluminada, qualquer raiva ou incomodo que teve antes haviam sumido, o que me fez sorrir, saber que havia animado seu humor, apesar de não ter sido como planejei primeiramente, e isso me fez lembrar o que ela disse quando entramos naquele hotel.

- Eu devia ter confiado na minha intuição e não aceitado entrar aqui. Era bem claro que você queria se aproveitar do meu corpinho sexy. - quebro o silêncio.

- Oh, pobre de você. Um rapaz tão indefeso contra uma garota sedenta. - provocou ela de volta.

Rimos e o silêncio voltou por mais um curto momento, meu humor se fechando um pouco mais quando outras coisas passaram pela minha mente.

- Não devemos fazer disso um costume. - digo olhando meu prato.

- Tudo bem. - ela diz com cautela e procuro seus olhos, mas ela olhava para seu prato também. - Eu não planejava realmente que repetíssemos a dose, achei que seria mais difícil estar com você de novo, só que sem Mattew e Carter na cidade depois do que aconteceu...

Ela se calou e franzi a testa.

- O que aconteceu? - pergunto atento, mas fingindo nenhum interesse.

- Nada demais. - ela me olha e sei que escondia algo, podia ver isso no tom triste em seus olhos que ela tentava esconder com um sorriso. - O ponto é que sempre foi mais fácil de aliviar com sexo.

- Isso não é saudável. - comento um instante depois.

- É melhor que drogas. - ela dá de ombros.

De certa forma tinha que concordar com ela. Ainda assim fiquei curioso sobre que tipo de problema ela devia ter tido para se sentir tão irritada a ponto de precisar transar varias vezes na semana com caras diferentes. Mas não perguntei, ela não parecia nenhum pouco aberta para aquela conversa.

- Vamos embora depois de comer ou vai precisar mais dos meus serviços extras?

Geanine gargalha com a mão diante da boca, quase se engasgando com a comida, precisando dá um gole no suco que havia pedido para poder se controlar.

- Desculpa, mas isso soou um pouco forçado pra mim.

- Forçado? - arqueio uma sobrancelha com diversão.

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