Cap. 5 - Estranhas Perguntas

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A manhã foi completamente entediante, como eu sabia que ia ser. Geanine e Marian passaram a manhã nos cômodos privados da casa. Uma empregada apareceu meia hora depois que havia chegado ali e me ofereceu água e café. Aceitei um café, mas queria mesmo era comer algo, estava faminto.

Logo o almoço chegou e me deixei ficar longe de Geanine, apenas porque acreditava que ela não fugiria durante sua refeição na sala de jantar. Acompanhei a empregada até a cozinha moderna, onde havia outra mulher, que era a cozinheira. Comi e conversei com elas, descobrindo que os donos da casa moravam na verdade na Inglaterra, e que apenas a jovem morava ali. Aquilo não era animador, mas pelo menos era uma informação boa de se ter.

Descobri também que Marian recebia muitas visitas masculinas, isso quando passava dois ou três dias fora. As duas mulheres já estavam acostumadas com o ritmo da garota, e tinham certeza em me dizer que acreditavam que ela devia ter um namorado, que era um rapaz bonito que sempre vinha ao apartamento. Um pobre coitado, ao meu ver, se ela andava com outros caras por ai. Isso baseado em como me tratou no dia anterior.

Assim que terminei de comer, levantei e voltei para a sala. As duas também finalizavam o almoço e Geanine me olhou por um instante, parecendo segurar um sorriso antes de virar o rosto por completo e sumir no corredor pros cômodos privados. Marian foi completamente explicita em sorri lascivamente e piscar pra mim.

Fingi que não vi e me sentei numa das poltronas da sala, algo que Marian havia dito para eu fazer. Puxei o celular e voltei a fazer o que fazia durante a manhã: jogar. Eu não muito de jogos, mas ao menos me distraia do tédio que era ficar sem fazer nada naquela sala. Se fosse em uma boate teria sido mais interessante, que pelo podia ficar olhando o movimento das pessoas. E também tinha alguma cozinha para ser feita, como colocar algum bêbado ou encrenqueiro para fora.

E as coisas pareciam que seguiriam calmas até a hora de termos que ir embora, o que me fez ficar mais jogado na poltrona, relaxar e me entreter demais no jogo de sinuca por aplicativo. Até ouvi um grito.

- Justin! - me chamaram um segundo depois.

Em dois segundos eu já tinha levantando e corria na direção dos cômodos internos. Minha mente trabalhou rápido nas opções do que poderia estar acontecendo. Não tinha como ser um ladrão ou algo assim, porque estávamos no sétimo andar de um prédio em uma área movimentada, e ninguém entrou pela porta. Disso eu tinha certeza. Então só podiam ter se machucado, ou precisavam de ajuda com algo pesado...

Mas eu estava completamente enganado em todos meus pensamentos, pois nenhum deles chegou perto do que realmente estava acontecendo. Não foi difícil achar Marian parada no fim do corredor sob o batente de uma porta que dava para um quarto. Ela usava apenas uma lingerie preta, com meia calça e cinta liga. Parei e fiquei a encara, me controlando pra não ser grosso com a garota.

- Acha que fica bem em mim? - ela pergunta suavemente colocando uma mão no quadril e mudando o peso do corpo pra apenas uma perna.

Sim, ela estava linda com ele, apesar de seu corpo pequeno e quase infantil, com os pequenos seios e as poucas curvas. O que ela não tinha de gostosa, tinha de sexy. Só que, tecnicamente, ela era uma das prioridades de proteção e qualquer coisa que fosse fora do meu campo de serviço não era permitido naquele momento. Se tivesse se mostrado assim para mim em um momento que eu não estivesse trabalhando, eu mostraria para o quanto tinha gostado da lingerie.

- Acredito que uma das moças na cozinha poderia dar uma melhor opinião. - respondo tentando me manter impassível, olhando apenas para o rosto dela.

- Ah, mas prefiro a sua. - ela se aproxima mordendo o lábio, percorreu meu corpo com os olhos. - O que acha de me ajudar a retirar ela?

Respiro fundo silenciosamente. Não com desejo, mas não gostando desse jogo de sedução que ela estava fazendo.

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