Cap. 41 - A Fulga (Final)

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Me sentia em velozes e furiosos quando pisei no acelerador. O carro não era muito potente, mas ele ser pequeno nos facilitava passar por entre um carro e outro, mas Estevam continuava seguindo de perto.

- Justin, ele vai alcançar a gente, temos que despistar ele. - Geanine diz aflita.

- Relaxa, eu conheço bem essa cidade, mais la na frente a gente se livra.

Ela não comentou nada, mas eu notei como ela estava preocupada. Puxei o rosto dela rápido, dando um selinho brusco sem tirar os olhos da rua.

- Falo sério. Vai ficar tudo bem. Confia em mim.

- Eu confio em você, mas... conheço o pai que tenho.

- Ele não vai pegar a gente. Te garanto.

Sorrio de lado e mudo a marcha fazendo uma virada brusca quando a rua abre livre para mim. Seu arfar de surpresa me fez rir e logo estava rindo também, mas se segurando muito bem na porta e colada ao banco. Pisei fundo no acelerador, ganhando a rua.

- Vamos fazer o seguinte. - digo concentrado na estrada. Não queria olhar pra trás pra saber a que distância eles estavam. Não ainda. - Como já esperava que fossemos seguidos, tem outro carro esperando a gente. Assim que eu parar você desce e pega a bolsa que esta no bando de trás enquanto eu corro pra pegar o outro carro. Vai ser mais fácil de fugir deles desse jeito.

- Tem certeza disso? - ela me olha.

- O plano foi bolado pela Diana, então acho que ela sabe o que fazer. Por sinal, joga seu celular pela janela, pode ter um rastreador.

- Ai, merda! - rapidamente ela tira o celular do braço e abre a janela do carro, lançando o aparelho. - Eu sempre desconfiei que podia ter alguma coisa nele. Maldito.

- Vamos nos livrar dele, você vai ver.

Geanine não comenta nada, mas notei ela concordar com a cabeça.

Sigo mais um pouco, desviando de alguns poucos carros e viro em outra rua, dobrando em outra em seguida e logo entrando em um estacionamento. Não tinha tido sinal de Estavan atrás de nós, mas não deu pra perder tanto tempo olhando.

Geanine desceu apressada como eu falei para ela fazer. Corri para o outro carro já puxando a chave do bolso, abri a porta e liguei ele. Era mais velho, menos rápido, mas era discreto o suficiente para passarmos despercebidos. Tirei meu casaco e puxei um óculos de sol colocando no rosto quando Geanine entrou.

- No banco de trás tem uma peruca, coloca. Mais fácil de passarmos despercebidos se seu pai nos procurar.

Sigo com o carro, saindo do estacionamento na outra rua, olho pros dois lados e para trás, garantindo que não eramos seguidos. Geanine puxava as coisas de trás e se ajeitava.

- O que tem na bolsa? - ela pergunta.

- Dinheiro e documentos falsos.

- Documentos falsos? Vamos fugir pra onde?

- Surpresa, mas posso dizer que vamos de avião.

- Justin, meu pai...

- É, eu sei. Mas Diana bolou o plano, acho que ela merece confiança, não?

Geanine se ajeita no banco e olho brevemente para peruca curta e loira que ela ainda ajeitava na cabeça. Ainda era ela, mas um pouco diferente. Ela coloca um oculos de sol e fica mais disfarsa, sorrindo de lado pra mim.

- Você transou com ela de novo não foi? - acusa.

- Que? Estamos sendo perseguidos pelo seu pai e tá preocupada com eu ficando ou não com a Diana? - olho pra frente acelerando pra ultrapassar o sinal que ficava vermelho naquele instante.

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