Eu não quis, mas fiquei me perguntando que porra tinha dado em mim para dizer o que disse para Geanine. Notei que ficava a olhando com mais atenção e percebi que gostava quando ela estava sorrindo, e quando ela encontrou com Carter por duas vezes seguidas, eu quis arrancar a cabeça dele fora.
Talvez tenha sido isso que me fez simplesmente perder a cabeça duas semanas depois daquela tarde no hotel. Quando ela entrou na sala da casa de Mattew, usando apenas seu maiô que mais parecia um biquíni de tão sexy, não me segurei e a puxei para mim, lhe beijando profundamente. Minutos depois subindo para um quarto onde fiz questão de arrancar aquele maiô e provar todo o corpo dela.
Ouvi meu nome na boca dela me levava a loucura, e seus lábios no meu pau me fizeram gozar em sua boca sem que eu quisesse realmente que isso tivesse acontecido. Mas não era o suficiente, eu queria estar dentro dela, e depois de fazer ela gozar só usando meus dedos, estava pronto de novo, me encaixando em seu meio e indo fundo, socando fundo como ela gostava, deixando ela doida e gozando depois de sentir todos os espasmos dela quando gozava.
Deitei ao seu lado, ofegante, apenas o suficiente para recuperar o folego, antes de rolar para ela e chupar seus seios e acariciar seu corpo, adorando a pele macia dela.
- Justin... - ela murmura passando a mão pelo meu cabelo enquanto murmuro entre um beijo e outro no pescoço. - assim não vou mais conseguir transar com ninguém além de você.
- E isso é ruim? - sorrio de lado olhando nos olhos dela.
Sua mão delicada tocou no meu rosto, um carinho nos olhos verdes dela e meu estomago se remexeu com aquela visão.
- Sim, porque quando decidir que está enjoado de estar comigo, não vou ter outro que transe tão gostoso quanto você.
- Nem mesmo Carter? - arqueio uma sobrancelha.
- Carter não chega aos seus pés. - ela deixa a mão cair na cama, seus olhos fitando o teto. - Queria eu que ele fosse, seria perfeito para o apresentar ao meu pai como namorado.
Sinto uma irritação no peito e a solto.
- Achei que era só diversão entre vocês. - tento parecer imparcial ao deitar ao seu lado novamente.
- E é. Mas quero algo para mostrar ao meu pai que ele não tem controle sobre mim.
Fico calado um momento, uma vontade de dizer que eu poderia ser esse grito de rebeldia, o que me faz fazer uma careta com o pensamento. Eu não devia pensar desse jeito, isso era só sexo entre a gente, nada de mais. Além disso, eu seria posto na rua no momento que ela dissesse que tínhamos algo além da relação de motorista e patroa.
- Seu pai não é apenas controlador porque você gosta de sair para transar, não é? - me vejo perguntando.
Ela fica calada e quando viro o rosto para a fitar, seus olhos estão fechados. Me movo de novo, passando a mão no torço dela e subindo até o pescoço dela, onde acaricio.
- Não precisa responder, é só que realmente me preocupo com você, Geanine.
E era verdade, isso era algo desde o começo. Ela não merecia viver do jeito que vivia, se deitando com qualquer um porque não conseguia lidar com os problemas em casa. E quando seus olhos se abrem e ela me encara, tenho certeza que ela viu exatamente isso nos meus olhos castanhos.
- É por isso mesmo, mas não começou dessa forma. - ela inspira fundo fitando o teto atrás de mim de novo e dou o tempo que ela precisava para falar. - Meu pai sempre me tratou como uma boneca, e quando era mais nova isso parecia normal, nunca me incomodou. Então ele me colocou para estudar em Londres, eu não quis no começo, mas concordei, ficaria morando com meus avós e fazendo o ensino médio lá. Fora os anos mais incríveis da minha vida.
- Deixa eu adivinhar, suas primeiras experiencias com o mundo real, longe das abas do papai e mamãe aconteceram nessa escola. - me ajeito deitando de lado ao lado dela, a cabeça apoiada na mão.
Geanine rio assentindo com a cabeça e se virou para me olhar, sua mão indo até meu braço e a ponta do dedo desenhando meu músculo ali, ou a tatuagem de dragão que havia.
- Era um colégio só para garotas, acho que ele pensou que não havia como as coisas saírem do controle, mas aqueles amigos que vieram há algumas semanas, eles não são realmente os exemplos de obedecer regras, então conseguíamos contrabandear bebidas e pornografia para dentro da escola. - ela ri balançando a cabeça. - Jonny que arranjava para a gente. E foi ele quem conseguiu identidades falsas para irmos a uma boate em uma noite. Já estávamos no último ano, e foi quando conheci o meu primeiro amor.
Ela se calou por um momento, a sombra de tristeza cobriu seu rosto e eu sabia que o resto daquela história não era feliz. Quis pedir para não continuar se isso não a fazia bem, mas ela continuou antes que eu a impedisse.
- Eu era muito ingênua e ele um típico roqueiro apenas interessado no quanto poderia se aproveitar do fato de eu estar apaixonada. Achei que ele me amava, então acatava tudo me propunha a fazer. Usei drogas, fugia da escola para estar com ele, até roubar eu roubei, além de sempre pagar por tudo quando saímos. Ao menos eu não cedi ao sexo de primeira. - ela dá um sorriso curto, ainda sem me olhar, só delineando minha tatuagem. - Obvio que assim que ele teve o que quis, não escondeu mais quem era e eu fiquei arrasada por ver ele com... várias. Tentei o perdoar, achar desculpas... só me enganava, até que descobrir estar gravida e ele simplesmente ri da minha cara e me jogar na rua. Literalmente.
- Ele o quê? - sinto a raiva permear.
Era só uma história no começo, mas aquilo me atingiu fundo. Não podia acreditar que alguém teve a capacidade de fazer o que fez com ela.
- Isso é passado Justin. - ela finalmente me olha. - Não o perdoei por isso, mas também não fico mais pensando. Ele era um completo babaca, não tinha o que fazer a respeito. - ela baixou os olhos para meu braço de novo. - De toda forma, eu tive que revelar a gravidez aos meus avós, e obvio que meus pais souberam. Estevan chegou como um demônio em Londres, foi a primeira vez que tive medo dele. Para resumir o resto da história, ele mandou matar o pai do bebê e eu fui obrigada a fazer um aborto, isso me destruiu então eu comecei a pegar pesado nas drogas, e acabei sendo internada numa clínica de reabilitação. Foram algumas idas e vindas de lá, e foi de lá que voltei quando me buscou no aeroporto.
- E você trocou as drogas pelo sexo.
- Isso. - ela sorri e seus olhos voltam para os meus. - Eu luto muito em fingir ser a garota que meu pai quer que eu seja, mas isso é demais para mim. Tudo o que ele me disse quando descobriu minha gravidez, e as coisas que me obrigou a fazer... - ela fecha os olhos com força e uma lágrima escorre, que foi rapidamente limpa. - Odeio Estevan, com todas minhas forças. E se pudesse fugir dele, não estaria mais por perto.
Se eu não gostava daquele cara antes, odiava ele com toda certeza agora. Deitei olhando o teto controlando minha irritação ou era capaz de vestir minha roupa e bater no escritório dele, encher sua cara de porrada até ficar desfigurado, mas não acho que isso seria bom, nem pra mim, nem pra Geanine.
- Eu vou te proteger. - digo virando a cabeça na direção dela e Geanine me olha. - Te ajudar de todas as formas a se livrar do seu pai. Preciso só pensar em uma forma disso.
- Não importa Justin. Ele é um homem poderoso demais, um dos mais ricos do mundo. Tem amigos no exército, na CIA até. Aonde eu for, ele me acha.
- É porque ele não teve que lidar comigo antes. - sorrio de lado e levanto ficando sobre ela de novo. - Eu tô te prometendo que vou te livrar dele, então confia em mim.
Geanine apenas sorriu e assentiu com a cabeça, mas sabia que, no fundo, ela não tinha certeza, e de certa forma eu também. Tudo que tinha no momento era como manter os segredos dela.
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O Segurança
RomanceQuando Justin recebe uma ligação de uma das famílias mais ricas de New York contratando seus serviços de segurança, ele primeiro pensa em recusar, pois aquele não era o modo como recebia seus trabalhos, mas ao saber que teria apenas que cuidar da fi...