Capítulo 15: Agnes

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Depois sai da festa não vi mais o Daniel, tive que dormir com a Neide que me fez repetir cada palavra que eu havia dito durante a tarde

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Depois sai da festa não vi mais o Daniel, tive que dormir com a Neide que me fez repetir cada palavra que eu havia dito durante a tarde. Ela disse que chegou justo na hora em que o Daniel pulou com roupa e tudo na piscina para me salvar.

— Parecia cena de filme. – Neide ri fazendo seus seios fartos balançarem por baixo da enorme camisola de bolinhas. — Todo mundo lá parado com o celular na mão. – Ela nega com a cabeça parecendo indignada. — Se dependesse daquele povo você teria morrido.

— Mas ainda bem que o Daniel apareceu. – Suspiro tombando a cabeça contra o monte de travesseiros macios.

— Hmn! – Ela murmura puxando o edredom para me cobrir até os ombros. — Agnes... eu posso fazer uma pergunta.

Rio do seu jeito, ela me faz perguntas o tempo todo. Para que essa formalidade agora?

— Claro! – Me deito de lado e respiro fundo sentindo o aroma floral das cobertas.

— Você gosta do Daniel? – Neide pergunta ao desligar a luz do abajur, nos deixando no escuro.

— Sim, mas não precisa ficar com ciúmes. – Rio. — Eu gosto muito de você e da Bia também.

— Eu não falando de amizade, menina. – Diz ela finalmente se deitando. Neide tem o mesmo cheiro das cobertas e isso dá uma sensação de conforto. — Quero saber se você gosta dele como homem?!

Paro um momento para refletir, acho que meus sentimentos não são diferentes só porque alguém é homem ou mulher, eu gosto e pronto.

— Gosto dele como gente. – Concluo por fim.

— Por Deus! – Ela se meche na cama e a luz do abajur acende outra vez.

Vejo seus olhos atentos me encarando.

— Não sente nenhuma coisa diferente por ele? – Ela insiste mudando a pergunta. — Um arrepio, borboletas na barriga... vontade de beijar.

Sinto um arrepio bom quando ele me olha, talvez as borboletas que ela fala sejam as bolhazinhas que me causaram formigamento outro dia... e hoje à tarde desejei que ele estivesse entre as opções disponíveis para que eu pudesse beijar. Não acho que essas coisas aconteceram por eu gostar dele como homem, pois não ocorreram nenhuma outra vez com os outros que conheci, acho que é uma coisa de Daniel, sinto porque ele exclusivamente me faz sentir.

— Isso não é coisa de amizade. – Murmuro para mim mesma.

— Não mesmo. – Ela concorda, mesmo sem nem ao menos imaginar o que se passa na minha cabeça. Ainda bem.

Então eu não devo sentir isso, pois somos apenas amigos, quem tem autorização para gostar dele de outra forma é a Antônia, que também é minha amiga. E amigos não desejam o que é dos outros, a menos que seja uma amiga muito falsa, e isso eu não sou.

Ingênua [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora