Se não fosse pela pequena pulseira em seu pulso, nem seu próprio nome, Agnes, saberia. Sem idade, casa e passado, foi assim que ela despertou deitada em uma cama, numa desconhecida e luxuosa mansão.
Agora, sem saber nada sobre si mesma, ela terá de...
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Minha respiração esta ofegante, o que é bem patético, devo admitir, não fiz exercício algum, e já sou um homem experiente, não tem explicação ficar tão animado com um simples beijo. Bom, não tão simples assim, realmente foi muito bom, não esperava que a Agnes meiga de sempre fosse corresponder com tal volúpia, se agarrando em mim dessa forma.
Continuo segurando a parte inferior de suas coxas, na água o seu pequeno corpo não pesa nada, mas mesmo assim sinto cada milímetro dela na minha pele. Ela desvia o olhar e morde o lábio inferior, que está vermelho e levemente inchado, isso é tão Agnes...
Acho seu constrangimento engraçado, nem parece que segundos atrás estava apertando os músculos do meu braço e estremecendo toda enquanto eu a beijava. Ela é diferente, e por isso não sei como agir agora, geralmente... não, não, sendo sincero, com qualquer outra mulher antes disso, um beijo desse acabaria em sexo. Mas é a Agnes, nem dá para criar a ilusão de que irá passar de um beijo quente na água.
Devagar, ela se desprende de mim, seguro apenas a sua cintura para que ela não afunde, já que a piscina tem um metro e meio de profundidade.
— Tá tudo bem? – Pergunto, o tom da minha voz denuncia que estou excitado com o que acabou de acontecer.
— Sim... sim. – Ela repete olhando em volta, parecendo procurar uma rota de fuga. — Tenho que subir. – Agnes declara, como eu imagine, pronta para fugir e fingir que isso não aconteceu.
— Você está fugindo de mim por que? – Pergunto rindo da sua cara de desespero, quem vê nem pensa que ela estava toda entregue minutos atrás.
— Não tô fugindo, Daniel. — Ela rola os olhos, parecendo indiferente ao que aconteceu. — Ainda moramos na mesma casa.
Não é sobre isso que estou falando, ela está desconversando, sei porque eu sempre faço isso quando não estou afim de levar adiante alguma paquera minha. Só que eu corro porque não presto, já ela, eu não faço a mínima ideia.
— Fica tranquila, isso não vai mudar nada. – Digo.
Se a Agnes está com medo que depois disso eu irei ser um sacana com ela, não a julgo, dei mesmo inúmeros motivos para levar ela a pensar assim por causa daquele rolo com a Antônia. Entretanto, jamais passou pela minha cabeça fazer o mesmo com ela, somos amigos acima de tudo, e não irei estragar a única relação boa que tenho no momento agindo como um babaca que só quer usá-la.
— Sei disso. – Ela responde com um murmúrio, o que me faz imaginar que há mais coisa além do que ela diz. — Agora é sério, eu tenho mesmo que ir dormir.
— Ok. — Digo. Me inclino e lhe dou um selinho de despedida, sinalizando que está tudo bem entre nós. — Boa noite, Agnes. – Sussurro próximo ao seu ouvido.
A ajudo a subir na borda da piscina e ela apenas pega as roupas, sem nem olhar para trás. Acompanho com os olhos as marcas d'água no piso, mostrando o trajeto da Agnes até sumir pela porta da cozinha.