Momo teve uma determinação caprichosa.
A decoração estava estupenda, tomada por enfeites posicionados em todo lugar e luzes coloridas. A descrição exata de um cenário pra que eu fique com alguém e me arrependa profundamente no dia seguinte quando tivesse as memórias embaçadas dos beijos de um desconhecido, acompanhadas de uma dor de cabeça latejante.
Os espelhos ficavam em localizações precisas, haviam lugares bem escondidos para cometer qualquer tipo de pecado. Minha visão se prejudicava, estava escuro, mas nós não nos importávamos realmente sabendo que daquela sala estupidamente grande nada sairia.
A festa estava incrível
Os copos vermelhos das típicas festas americanas indicavam que todos sairiam ao menos um pouco embreagados, chapados pela saturação de informações e liberdade desproporcional dada a adolescentes hiperativos. O som alto, com certeza ultrapassava todos os limites impostos pela lei.
Mas quem iria reclamar?
Momo era rica, se meter com ela não era bom presságio. Além do mais, o pai da garota podia comprar sua vida inteira e a de todos os incomodados com um simples estalar de dedos. Daqui a algumas horas, o lugar tornaria um pandemônio.
Absolutamente tudo podia acontecer, e no dia seguinte ninguém se lembraria. Ninguém irá querer lembrar, e que oportunidade melhor poderia existir pra desocultar seus maiores desejos secretos e culposos? Que noite seria melhor para tomar decisões horríveis e esquecer de se penalizar por isso?
Quando finalmente chegamos, atraímos alguns olhares dos alunos de outras turmas e divisões que já procuravam sua diversão de prontidão. Além dos adolescentes drogados e bêbados claramente foras de si, da intensa pegação em todo e qualquer canto, alguns jogos aconteciam. Desde os mais leves como um simples jogo da garrafa até um sete minutos no armário valendo tudo. Inclusive a extensão do tempo.
Todos buscando quem os divertiria mais tarde, mas apenas se o permitísse a tal.
Por que Todoroki me convidaria para uma festa como esta? E onde estaria sua figura entre tanta folia que não se encaixava no seu perfil?
- Eu vou beber alguma coisa, e você? - Mina perguntou gritando por causa da música alta.
- Eu vou junto.
Passamos entre aquela multidão, sendo apertados e até assediados pelas garotas e garotos que ali estavam. Mesmo que bêbados demais para saberem o que estavam fazendo.
Assim que chegamos na cozinha, lotada de garrafas com rótulos esquisitos, formatos estranhos e componentes nocivos jogadas por cima do balcão, encostamos ali para ter uma vista melhor da movimentação do lugar.
- É tanta bebida que chego a ficar bêbada só de olhar. - Hagakure comentou sorrindo ( eu acho ) e pegando uma garrafa de vodka, não se importando em beber diretamente da garrafa.
Em meio a tantas opções, resolvi pegar uma coca cola pois sabia que, como sempre, eu nunca me saía bem sem que eu tivesse controle de minha fala e poderes. Minha língua solta parecia cinco vezes pior e as circunstâncias poderiam ser estrondosas.
- Isso é sério? Estamos em um rodízio de bebidas e você escolhe uma coca cola?! - Uraraka exclamou.
- A questão é que eu não me dou bem com o álcool.
- Relaxe e beba de montão baby. - disse dando ênfase no apelido ridículo. Será possível que já começava a perder a noção? - Nós voltaremos sãs e salvas.
A olhei esperando qualquer traço já de uma possível embriagez. Mas me rendi e peguei uma garrafa de cerveja.
Eu também sou uma adolescente idiota as vezes.
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Eu Posso Sentir, Shoto ( Todoroki X OC )
FanfictionSer uma super-heroina como o pai nunca foi algo que desejou profundamente. Até descobrir o sentimento de esperança que brotava no peito, depois de um incidente em um assalto, cuja reagiu e consequentemente salvou uma senhora. Noble, filha do herói...