Capítulo 170

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Narradora On.

Oito semanas desde o dia em que Anne e Gilbert noivaram, e eles ainda estavam como assunto mais comentado das redes sociais desde o dia em que anunciaram a novidade. A notícia de seu noivado fora comentado em todo o mundo. Fora noticiado em diversos sites famosos, programas de televisão, jornais, noticiários, etc.

Naquele curto período de tempo, os dois têm tudo muitas conversas à respeito de seu relacionamento, inclusive as novas fases que viveriam juntos.
Umas dessas novas fases seriam o casamento, lua de mel, gravidez e mais outras. Não tinham pressa e nem queriam apressar as coisas para não pressionar um ao outro. Anne tinha o desejo de ser mãe, apesar de até à pouco tempo não querer de jeito nenhum pensar em maternidade. Mas algo mudara nela, e talvez só tivesse medo ou receio por ter perdido seus pais sem antes conhecê-los, e ter sido criada por seus tios. Matthew e Marilla eram maravilhosos, sempre fazendo de tudo para agradá-la, dando-lhe sempre do bom e de melhor. E o mais importante, davam-lhe amor, proteção e carinho. Mas ainda assim, eles não eram seus pais, e mesmo com seu excelente trabalho na criação da garota, ainda havia aquele vazio que sentia por não ter uma figura materna e paterna presente.

Ela tinha medo de pôr uma pessoa no mundo e não poder cumprir com seu papel amando e cuidando dela com toda sua devoção. Receava não dar conta, falhar em alguma coisa, fazer algo impensável e irresponsável que viesse a prejudicar seu filho... Gilbert também tinha seus medos, mas ainda ajudou Anne a superar os seus, pois segundo as suas próprias palavras:

"Haveria algo que Anne Shirley não pudesse fazer com total perfeição?"

Depois de muito diálogo sobre o assunto, decidiram juntos que estava na hora de começar a tentar.
Eles casariam em breve, tinham responsabilidade apesar das aparências. Iriam começar sua família pouco à pouco, a família grande que desejavam.
Anne fora uma criança solitária e sempre almejou ter irmãos, mas infelizmente não pôde. Na escola sempre foi deixada de lado pelas outras crianças, tanto por sua aparência e beleza inusitada à qual não estavam acostumados, quanto por sua incrível e fértil imaginação e forma de encarar a vida, apreciando cada mínimo detalhe desse extenso mundo.

Suas famílias e amigos estavam sabendo e esperavam ansiosos pelo dia em que dariam notícia de que em breve um bebê estaria à caminho.

Anne acabara de sair da agência, aquele dia havia sido menos cansativo que os outros, e por ter menos trabalho, pôde voltar para casa em poucas horas. Ela pediu um táxi e foi em direção ao apartamento, onde Gilbert a esperava. Ele não iria trabalhar nos próximos dias, pois queria um tempo para que organizassem todas as novas mudanças que ocorreriam aos poucos. Também fizera algumas alterações em sua agenda, e depois de várias reuniões com seus produtores e seu agente, eles entraram em um acordo de que ele tiraria férias de cinco meses na semana anterior ao seu casamento.

O porteiro do prédio a recebeu com um sorriso radiante. Ele sempre fora um homem simpático que sempre fazia questão de se preocupar com o bem estar de todos os moradores dali. Quando a ruivinha chegava cansada do trabalho, ou com algum problema, tendo a sua expressão triste ou incomodade por ter tido alguma briga com Gilbert, o senhor sempre lhe oferecia seu melhor sorriso e uma conversa estimulante que melhorasse seu dia. Muitas vezes até lhe dera conselhos valiosos.

Depois de o cumprimentar, Anne entrou no elevador e subiu até o último andar, onde era seu apartamento e de Gilbert.
Lembrou ali que tentariam de novo naquele dia, pois a ruiva estava ovulando. Bem, até quando não estava ovulando eles faziam o ato, então não era aquele fato que mudaria os planos.
Pegou sua chave da bolsa, abrindo a porta em seguida. Ele pôde ouvir Gilbert na cozinha, provavelmente falando sozinho.

- É hora do bebê. Tire as calças, Blythe! - Exclamou rindo, fechando a porta.

Billy, que estava deitado no sofá, inclinou a cabeça para olhá-la. Gilbert tentava se manter sério vendo o amigo fazer uma careta de nojo. A ruiva, até aquele momento não notara a presença do loiro.

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