Uma voltinha pela terra natal

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Pov. Autora
Fortaleza, 19:23 PM - Segunda-feira
Casa

André se encontrava de baixo de uma grande coberta, estava deitado aconchegada-mente em cima do sofá, e via agora a reportagem que falava sobre o transito da cidade.

Com uma grande vontade de ir para cama pelo seu dia cansativo, André ainda queria esperar por Tawan, sabia como era importante ambos falarem sobre os seus dias e ficarem o mais perto possível um do outro.
Pensando em tirar o braço pra fora das cobertas para poder alcançar o controle, André foi distraido de seus pensamentos ao ouvir a porta da frente abrir e um suspiro cansado ecoar lá da entrada, Tawan havia chegado.

Com os dois se cumprimentando, e já subindo em silêncio as escadas para chegarem em seu quarto, sua rotina de final de dia começou. Primeiro Tawan foi tomar um banho no banheiro particular que os adultos tinham em seu quarto, depois, André fez uma massagem em suas costas e os dois falaram um pouco sobre como seus dias tinham sido estranhos e totalmente diferentes do normal. Por fim, os dois se deitam agora cada um em sua posição mais confortável, e caem em seus sonos profundos.

Enquanto isso tudo acontecia, no quarto ao lado Ycaro também estava em um de seus sonos profundos, mas dessa vez, nossa noite não irá focar na criança, e sim em seu estranho amigo.

[ . . . ]
Pov. Saiko
22:50 PM

Em pé do lado da cama, fico observando Ycaro dormindo pacificamente, estava esperando este momento. Me certificando que ele estava mesmo dormindo, chego bem perto do rosto dele e fico perto de sua orelha, como ele estava deitado de lado ela estava bem fácil de ser alcançada. O plano era ver se ele reagia a aproximação, se estivesse acordado ou em um sono leve, ele iria se mexer ou até mesmo começar a resmungar, mas como o planejado sua respiração continuou a mesma e ele não se moveu, logo seu sono estava forte o suficiente para que eu pudesse sair.

Com vontade de deixar um beijinho naquelas buchechas redondinhas, o medo de acordar ele me fez cair na real, fazendo eu criar uma nota mental de fazer isso só mais tarde.
Me virando em direção a parede, levanto um pouco a mão em direção a ela, e como se um fungo estivesse tomando conta daquela superfície, a parte em que eu apontava estava começando a ficar preta. Com o tempo o portal estava feito e eu já poderia passar por ele, me virando para dar uma última checada em direção a cama, passo agora definitivamente pelo portal, chegando finalmente na minha "Terra natal".

Como o esperado, o portal me levou diretamente para uma das paredes de dentro do meu quarto, então acostumado com o ambiente ando diretamente em direção da porta, não vim pra cá apenas prá ficar jogado na minha cama king size, mesmo que ela esteja encantadora como sempre.
Agora nos corredores da casa, ou mansão como eu costumo chamar, começo a andar bem devagar pelo longo corredor, olhando pelas altas janelas que tinham nas paredes, o lado de fora estava normal como sempre, em tons vermelhos e emitindo uma tensão e medo costumeiro para nós demônios, diria que está um dia agradável até!

Virando o corredor, desço as largas e encarpetadas escadas, aonde o carpete era nos famosos tons vermelho e preto, típico do lugar não?
Agora no térreo, ando em direção a uma sala em específico, um escritório. Chegando na frente das grandes duas portas de madeira com quase 4 metros de altura, estralo os dedos e as portas começam a se abrir.

Saiko: Trabalhando muito ai Nightmare? - perguntei zombeiro.

E lá estava ele, bem no fundo da sala de exatamente 5 metros de altura, e 4 de largura, Nightmare se encontrava de trás de uma mesa de madeira baixa mais que era extremamente larga, chegando a medir 2 a 3 metros.

Nightmare: Ah não, ai vem coisa - falou enquanto seus "olhos" me olhavam com uma clara cara de cansaço.

Saiko: Que isso, não posso nem mais vir ver você?

Meu Amigo (NÃO) Imaginário - (Saiko Boneco) - (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora