Revenge H.S

Capítulo 33 - Até onde posso suportar?

Harry Edward Styles

Eu mal saberia dizer como consegui sair daquele inferno, e se não fosse pela loira sacundindo meus ombros para me despertar eu acreditaria que tudo não se passou de um sonho.

- Eu sei que o remédio ainda está lhe deixando com sono, mas você dormiu mais de 7 horas e eu não aguentava mais te ver neste carro. Além do mais, eu quero meu dinheiro. - olhei para o lado de fora do carro e pude ver uma casa velha igual a um cenário de um filme de terror. Um homem alto saiu de dentro da casa e olhou para mim cruzando os braços em seguida.

- Quem é ele? - perguntei tentando me livrar da enorme dor no meu pescoço.

- É meu irmão. E ele está disposto a dirigir de volta ao hospício se você não nos der os três milhões prometidos.

- Te prometi dois milhões.

- Ah, isso você se lembra não é? - ela disse revirando os olhos.

- Não se preocupe, eu vou cumprir minha promessa, preciso apenas de um telefone. - eu disse descendo do carro e ela me acompanhou.

- E para quem vai ligar?

- Minha mãe. Ela vai trazer o dinheiro e me tirar daqui e então... - parei de falar quando vi a mesma rir e negar com a cabeça. - Eu disse algo engraçado?

- Você é mesmo um homem inocente. Por acaso leu o papel que eu lhe dei? - franzi a testa tentando me recordar e logo me lembrei do papel que ela me entregou antes de sairmos do hospício. Coloquei as mãos no bolso da minha calça e achei ele no mesmo bolso que estava a foto do meu filho.

- Você disse que este papel contém os dados de quem me colocou aqui. - eu disse e ela assentiu com a cabeça parecendo agoniada e esperando que eu o abrisse e começasse logo a ler o conteúdo.

Conforme meus olhos passavam por cada palavra eu ficava cada vez mais confuso. Tudo ali era familiar e eu só pude entender a risada daquela mulher quando o nome da minha mãe apareceu como minha dependente financeira. Ela estava arcando com todas as despesas do meu " tratamento " e sua assinatura aparecia mais de cinco vezes apenas naquela folha.

Eu poderia duvidar daquilo, achar que estavam armando para mim mas de todas as vezes em que fui tolo, agora eu tinha certeza do que estava acontecendo.

O porquê de não estar morto e sim em um local " seguro " que não pudesse investigar quem estava por trás disso.

O porquê de Nina nunca ter me contado quem era o seu, ou melhor a sua sequestradora.

Os sumiços da minha mãe que ocorreram justamente com o sequestro da Nina e toda a sua certeza quando ela me disse que o sequestro da mulher que eu amo não tinha nada haver comigo.

- Você está pálido. - levantei meus olhos e engoli em seco antes de falar.

- Já conseguiu meu telefone?

- Não vai ligar para sua mãe, não é? - neguei voltando a olhar para o papel.

- Apenas me dê um telefone.

[...]

Eu ficava agoniado a cada segundo que se passava com a pressão daqueles dois sangue sugas à minha volta. Eles andavam na minha frente e falavam da demora para receber o dinheiro como se fosse rápido e facil conseguir dois milhões. O problema não era o dinheiro, e sim o pegar sem ser descoberto, ainda mais que minha mãe deve estar me caçando feito o diabo para me colocar de volta no inferno de onde saí.

Eu imaginava como seria nosso reencontro. Se eu conseguiria controlar minha raiva e minha vontade de esquecer que ela era minha progenitora e esbofetar sua cara por fazer Nina de refém, por colocar meu filho em perigo e me jogar em um hospício. E por mais que eu buscasse inutilmente entender o que a motivou fazer isso, nunca teria uma desculpa pela suas horríveis ações.