40°

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Oiê.

Wow, 6.000 palavras kkkk meu toc agradece.

Um 🎁 para vcs 💕

Mal

Aperto Sofia em meus braços e aspiro seu cheirinho de bebê enquanto a embalo.

- falta muito?- questiono a Bela que continua a bater uma meleca abóbora no liquidificador.

- prontinho - desliga o troço barulhento e tira a tampa para experimentar sua mais nova mistura de papinha nutritiva para Sofia jantar.

Eca!.

Cheguei no castelo faz uns vinte minutos já encontrando essa beldade de amarelo na cozinha torturando minha filha com suas músicas enquanto cozinhava alguns legumes. Agora eu vejo o quanto foi tortuosa a infância de Florian, misericórdia.

- vamos ver quanto tempo ela vai manter essa lama na boca dessa vez - ironizo indo para a sala de jantar enquanto ela passa o conteúdo massento para um pratinho infantil com um desenho da Bela e a Fera estampado no fundo. Típico.

- vai começar a tortura?- Adam, meu ex sogro, me pergunta quando eu apareço perto dele já na mesa pronto para o jantar, e claro: com seu jornal em mãos.

- pois é, olha ela que eu vou procurar Benjamin - peço já deixando Sofia na cadeirinha de alimentação ao seu lado, a coitadinha já sabe o que virá quando a gente coloca ela ali, por isso suas pernas já começam a se agitar e seu choro invadir o ambiente.

- esperta você.

Sigo para fora da sala de jantar enquanto rio do seu comentário, ainda consigo ouvir Bela avisando a neta que chegou com seu jantar, o choro da minha filha só intensifica com esse aviso. Pego a mochila marrom que deixei em uma poltrona e sigo para a parte superior do castelo, onde ficam os quartos.

- Florian?- o chamo assim que abro a porta do quarto e não encontro ninguém.

- estou no banho!.- grita fazendo sua voz se sobressair ao som do chuveiro.

Tiro as roupas de dentro da mochila e jogo na cama. Fiz Adam me emprestar algumas roupas mais normais para vestir Benjamin, tudo por um bom disfarce.

Olho em volta e tento não me deixar levar pelo sentimento de nostalgia pelo ambiente tão característico e ainda totalmente igual de quando estive aqui a última vez. Todas as lembranças com Ben e Sofie meses atrás me invadem, imagino Benjamin ter que dormir aqui todas as noites, será que ele sente alguma coisa também?.

- eu definitivamente não tenho espírito aven..rosa?.

Sorrio sem me virar ainda para ele quando ouço sua voz e seu questionamento pela mudança de cor em meus cabelos, antes roxo, agora rosa bebê.

- meu disfarce - brinco sentindo sua presença atrás de mim - aqui, conseg..- me esbarro em seu peito nu e ainda úmido quando me viro para lhe entregar a camisa regata. Meu cérebro vira gelatina quando seus olhos puxam os meus sem deixar eu desgrudar o olhar. Passo a lingua nos lábios para retirar a secura e observo seu olhar se concentrar em minha boca.

- de quem são?..- questiona meio sussurrando ainda me encarando parecendo apaixonado. Então por que durante todo esse tempo ele em nenhum momento tocou no assunto "nós"?. Perco as palavras quando seu hálito de menta arranha meus lábios pela aproximação dos nossos rostos, toco de leve seu maxilar com a ponta dos meus dedos e fecho os olhos quando seu nariz passa em minha bochecha, como se aspirasse meu cheiro. Quando meu corpo se arrepia assim que seus lábios tocam suavemente os meus eu me dou conta do que está acontecendo e do porquê não pode acontecer.

Herdeiras Perdidas (Descendentes)Onde histórias criam vida. Descubra agora