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Obs.: Esse capítulo aqui corresponde ao capítulo 30, mesmo momento a cena dramática de Ben.

Ah, e por favor, não me matem. Bom, não que seja possível já que vcs não sabem aonde moro, mas pelo menos não me xinguem 😂😂

Mal

Após Adam, pai de Ben, ter me explicado rapidamente que estávamos desaparecidos por três semanas, a primeira reação que eu tive foi sair correndo para ir atrás de Sofia.

Eu fiquei 21 dias longe dela. Não 4.

Será que ela ao menos lembra que eu sou sua mãe?. Auradon está um breu não significa que seja por ela está triste _ ou morta_ deve ser reação aos seus poderes ficando cada vez mais descontrolados.

Por favor, lembre de mim.

Começo a ditar um mantra em minha mente enquanto uso minhas últimas forças para subir as escadas e sair desembestada pelos corredores infinitos desse castelo. Me esbarro na parede já próxima ao quarto de Ben e me acalmo até tomar coragem e abrir a porta vagarosamente.

Desabo em um choro silencioso quando meus olhos pairam no corpinho da minha filha dormindo no meio da cama, ao lado do celular da Ben, que toca incessantemente meu áudio.

- meu amor... - sussurro em lágrimas ao me sentar ao lado dela que nem se mexe pelo sono pesado, parece que passou horas chorando antes de se entregar ao sono.

Ignoro o som da minha voz no celular, retiro minha jaqueta ficando apenas com o sutiã e me aproximo mais de Sofia, beijando sua bochecha rosada. Ela aparenta ter emagrecido um pouco, e isso destroça meu coração de uma forma desumana. Aliso seus cabelinhos claros e passo a mão pelo seu corpinho, apenas com um body roxo e meias pretas nos pezinhos.

- eu te amo tanto, filha - volto a beijar seu rostinho e enxugo algumas lágrimas que caem na sua pele.

Em um ato impensado eu desligo o celular, minha voz já estava me irritando. Mas isso foi como apertar um botão com a função de dispersar ela.

Seus olhos azuis me puxam e me faz perceber que de fato eu estou em Auradon, estou com ela. Sorrio emocionada e aguardo sua reação ao me ver ali, ela parece está ainda tentando me reconhecer de algum lugar, tudo isso sustentando um biquinho pequeno de choro nos lábios pela interrupção da minha voz.

- sou eu, Sofie. É a mamãe. - toco sua bochecha e prendo o meu lábio inferior com os dentes para não gritar de alegria quando ela sorri de lado. Embarco em outro choro quando ela se agita e estende os bracinhos para mim, resmungando as falas de um bebê de quase cinco meses. - oi meu amor, eu voltei. - a pego nos meus braços e aperto seu corpinho gordo para memorizar e relembrar o que é está com ela.

Eu sou mãe. Tenho uma filha, quando que um dia eu imaginei isso?.

Mal Bertha grávida não era uma frase possível e muito menos realista. Ao menos a um ano atrás.

Continuo agarrada a seu corpinho e penso em rir quando ela começa a chorar sentida por não saber controlar seus sentimentos ao perceber de fato que sou eu, a mãe dela.

- nunca mais vou te deixar, prometo.. - sussurro em meio ao chorinho dela e a embalo em meus braços.

Nem percebo quando a porta do closet se abre.

Me viro em uma direção específica quando sinto alguém nos olhando.

- você?... - Brenda sussurra parecendo incrédula.

Enxugo minhas lágrimas e beijo minha filha mais uma vez antes de encarar Brenda com desdém.

- sim, sou eu: Mal Bertha, mãe de Sofia - ironizo e coloco minha bebê na cama quando ela se acalma e agora agita as perninhas demonstrando sua felicidade junto aos seus gritinhos de alegria.- sim, meu amor, é a mamãe - beijo seu rostinho enquanto a abraço de novo com ela ainda na cama. Tudo isso sob o olhar atento e descrente da perfeitinha. - você cresceu tanto, Mabel. Custava ter me esperado voltar para se desenvolver?- brinco com ela ao constatar esse fato e relembrar seu segundo nome.

Herdeiras Perdidas (Descendentes)Onde histórias criam vida. Descubra agora