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Oiê, tudo bom?.

Um bônus para vcs 😘

Mal

- ok, acho que o mapa esqueceu de desenhar esse pequeno detalhe.

Cruzo os braços enquanto encaro seres rechonchudos e resmungões a nossa frente, alguns concentrados em arrancar e plantar coisas na terra outros reforçando a ponte que a gente vai precisar passar para chegar no caminho das incertezas, lugar esse descrito no mapa.

- então, a gente passa direto fingindo demência ou cumprimenta essas coisas?- Jay resmunga ao envolver Lonnie e Evie com os braços de forma protetora. Por que agora estou vendo tanto Benjamin nas atitudes nele? Que droga, acho que estou carente.

- afinal, o que são isso?- questiono voltando a encarar os homens deformados e pequenos resmungando a cada serviço feito.

- gnomos - Adam responde meio duvidoso - achava que eles tinham medo do sol.

- pelo visto esses não - Felice diz sem querer se aproximar dos "trabalhadores" alheios a nossa presença.

- vamos ter que passar pela ponte de qualquer jeito - digo já sentindo medo pela possível altura desse caminho nada seguro, se Ben estivesse aqui já teria dado piti.

- acho que eles estão aí justamente para impedir isso - Martin constata o óbvio e me empurra de leve para eu ir na frente e tentar fazer comunicação com eles. Reviro os olhos pelo medo desses meus amigos maravilhosos que não se importam em me lançar na fogueira e junto toda a coragem dentro de mim. Ando em frente e caminho tentando ficar confiante, paro quando chego bem próximo do lugar onde estão e bato palmas atraindo as atenções.

- olá, coisas! - início minha tentativa de interação com esses seres estranhos - eu e os meus amigos queremos passar pela ponte - grito para eles me ouvirem, vai saber, já que eles são pequenos tudo é pequeno, incluindo seus ouvidos.

- a gente escuta direito, criatura sem cor - um resmungão se aproxima com uma pá de jardinagem do seu tamanho - para passar pela ponte uma negociação terá que fazer - diz e cruza os braços pequenos em volta do corpo. Observo os outros concordarem afoitos e eu olho para trás onde os idiotas tentam fazer cara de paisagem.

- o que querem?- pergunto duvidosa e o ser repugnoso me olha de cima a baixo. Até voltar para meu rosto e pousar os olhos em meus cabelos novamente.

- seus cabelos são muito bonitos.

Arregalo os olhos e toco em meus fios de forma instantânea negando com a cabeça, que absurdo!.

- eu não vou dar meus cabelos, pode pedindo algo justo.

- tenho cara de fazer algo relacionado a justiça?- pergunta com deboche e eu repreendo meus antigos pensamentos que chegaram a desejar que algum ser mágico aparecesse.

Tenho que me preocupar com o fato deles não estarem surpresos pela nossa presença nesse lugar?.

- peçam outra coisa - ordeno e o gnomo em questão volta para seu trabalho levando os outros a fazerem o mesmo. Reluto e olho em direção ao meu grupo me olhando em expectativa, sorrio assim que meus olhos caem em Hugo, também loiro. - querem cabelo loiro, certo?- questiono para o gnomo de antes e ele volta a se aproximar.

- quero o seu cabelo - rebate enfatizando o seu parecendo saber do meu plano de deixar Hugo careca, qual é!?.

- eu não vou cortar meu cabelo - retruco furiosa - e nós vamos passar por essa ponte de qualquer jeito.

- eu não sei se você percebeu cara seca, mas nós somos a maioria, então ou você aceita o nosso acordo ou não passarão pela ponte.

Bufo de raiva e dou as costas para ele indo em direção ao meu grupo.

Herdeiras Perdidas (Descendentes)Onde histórias criam vida. Descubra agora