Capítulo 28 - Descobertas e sedução

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S/N

Estou na sala conversando com o pessoal e eu percebo que o Richy está visivelmente constrangido com o que recém aconteceu. Seguidamente nossos olhares se cruzam e, quando isso acontece, ele cora e desvia o olhar. Ele fica tão fofo tímido assim. Além do mais, ele tem um jeito inocente, o que o torna uma presa fácil. Paro de pensar nisso quando o assunto se torna a meu respeito e Jessy me pergunta como é a minha joalheria. 

- Eu posso te mostrar algumas fotos. – Falo para Jessy enquanto procuro meu celular. – Acho que deixei meu celular no quarto. Já volto. 

Nesse instante, eu levanto do sofá e vou em direção ao meu quarto. Quando estou prestes a abrir a porta, sou surpreendida pelo fato da porta se abrir e eu me dar de cara com a Cleo que me olha assustada. 

- O que você está fazendo no meu quarto? – Pergunto indignada. 

- Nada. Eu apenas estava procurando o banheiro e errei a porta. – Ela fala saindo de dentro do meu quarto e eu percebo que ela está nervosa. 

- O banheiro é na segunda porta a esquerda. – Falo acompanhando ela com o olhar. 

- Ah, sim. Obrigada e desculpa por ter entrado no seu quarto. – Ela sai e vai até o banheiro. 

Eu entro no meu quarto e vou até o criado mudo, vejo o meu celular em cima do mesmo e pego-o. Nesse instante, eu paro de caminhar e penso no fato de que se realmente a Cleo tivesse errado de porta, ela não estaria dentro do meu quarto, pois se ela realmente estivesse procurando o banheiro, ao abrir a porta e ver que não é, ela fecharia a porta e iria abrir uma outra. Ela não iria entrar, fechar a porta e só depois perceber que não era um banheiro. Além do mais, já faz alguns minutos que a Cleo saiu da sala, ou seja, ela não demoraria tanto apenas para encontrar o banheiro. 

Passo meus olhos em todo o quarto e não vejo nada fora do lugar. Vou até o guarda roupas e abro o mesmo, então eu vejo minha bolsa com o zíper totalmente fechado. Eu jamais deixo o zíper totalmente fechado, pois eu sei que se alguém mexe em alguma bolsa, a tendência é fecha-la por completo, então eu sempre deixo exatamente dois dedos aberta para que eu possa saber com exatidão quando alguém mexe na mesma, afinal, ninguém vai medir com os dedos a quantidade que estava aberta antes de mexer. 

Olho para minhas roupas e vejo que minha saia preta está um pouco amassada e eu tenho certeza que não estava assim antes. Por mais que a poucos minutos atrás eu tenha mexido bastante nas minhas roupas para procurar o cropped, eu não mexi nessa saia preta, pois embaixo dela tem um dos revólveres que eu trouxe. 

Isso tudo significa que parece que alguém vai ter sérios problemas pela frente... E esse alguém não sou eu. 

Saio do quarto e vou até a sala e vejo Cleo sentada ao lado de Richy. Nisso, eu me sento no mesmo local onde eu estava anteriormente e mostro para a Jessy algumas fotos da joalheria e ela fica impressionada com a mesma. 

Eu fico praticamente o tempo todo olhando para a Cleo e percebo que em nenhum momento ela olha para mim e age normalmente, como se nada tivesse acontecido. Conheço bem esse tipo, tenho certeza que ela vai continuar investigando e somente quando ela conseguir uma prova, ela vai me desmascarar na frente de todos. 

Instantes depois nos vamos até a cozinha e almoçamos. Durante a refeição, todos nós conversamos e volta e meia o assunto se voltava para o sequestro da Hannah, o sumiço da Lilly e o homem sem rosto. Quando terminamos de almoçar, nós começamos a comer chocolate e eu percebo que Richy me olha e dá um sorriso e fica um pouco constrangido, então eu me aproximo dele. 

- Podemos conversar? – Pergunto e dou um leve sorriso.

- Sim, podemos. – Ele me olha e coloca um pedaço de chocolate na boca. 

- Vem comigo. – Me levanto. 

Nesse momento, Richy também se levanta e eu vou até o quarto e ele me acompanha. Eu sento na cama e Richy senta ao meu lado. Ele sorri e fica me olhando. Nisso, eu começo a falar:

- Eu percebi que você ainda está um pouco constrangido pelo que aconteceu hoje mais cedo, então eu quero te dizer que está tudo bem e que você não precisa ficar assim. 

- Você tem razão. Eu estou um pouco envergonhado com a situação, eu não deveria ter entrado no seu quarto sem bater. 

- Está tudo bem, Richy. Você não precisa agir assim e não tem com o que se preocupar. Inclusive, aposto que você gostou do que viu.

- É claro que gostei. 

Richy responde imediatamente e ao se dar conta da sua empolgação, ele se recompõe e fala em um tom mais baixo:

- Poxa, (seu nome), você é muito linda e atraente, é claro que essa situação mexeu comigo. – Ele fala e em seguida seu olhar desce para o meu decote. 

- Você quer tocá-los? – Pergunto. 

- O que? – Os olhos deles saem imediatamente do meu decote e se direcionam para mim. 

- Perguntei se você quer tocá-los. – Sorrio. 

- Não brinque comigo, (seu nome). – Seus olhos se voltam novamente para o meu decote. 

- Eu não estou brincando. 

Ao falar isso, eu pego a mão do Richy e levo a mesma até o meu seio por cima da minha roupa e aperto a mão dele delicadamente. 

- Você está sem sutiã... – Ele comenta e eu dou risada. 

- Não se usa sutiã com esse cropped. 

Nisso, ele me olha e eu tiro minha mão que estava sobre a dele e eu vejo que a mão do Richy permanece no meu seio, o que me faz sorrir. Nesse instante, Richy aproxima seu rosto do meu e começa a massagear o meu seio, então eu mordo o lábio inferior. Ele olha para a minha boca e em questão de segundos, seus lábios tocam os meus, e ele dá início a um beijo delicado. A língua dele se entrelaça calmamente com a minha, o que causa uma sensação muito gostosa. 

Instante depois e ainda me beijando, Richy puxa as alças do meu cropped para baixo, até que meus seios ficam a mostra, então ele para o beijo e sua boca se direciona até um dos meus seios, enquanto sua mão se ocupa no outro. Eu mordo meu lábio e inclino minha cabeça para trás, sentindo cada toque da boca e da mão do Richy, até que eu ouço batidas na porta. 

Imediatamente Richy se afasta de mim e eu levanto as alças do meu cropped. 

- Sim!? – Eu falo em um tom de voz um pouco elevado. 

Nesse instante, a porta se abre e eu vejo a Jessy. 

- Nós resolvemos ir na sorveteria. Vocês também vão, não é? – Jessy fala nos olhando. 

- É claro. – Respondo. 

- Estamos esperando vocês na sala. Só não demorem porque o Dan está ansioso para ir. – Ela sorri e fecha a porta. 

- Bom... Vamos? – Eu pergunto e sorrio para o Richy. 

- Vamos. – Ele retribui o sorriso e nos levantamos. 

Antes de abrir a porta, eu olho para o Richy e falo:

- Continuamos nossa conversa em um outro momento. 

Ele apenas sorri e eu abro a porta.

Poderosa chefonaOnde histórias criam vida. Descubra agora