Capítulo 30 - Fracasso na invasão

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Cleo 

Recém dei mais uma analisada no muro, realmente ele não parece ser um problema para mim. Me impulsiono para pular, quando ouço uma voz desconhecida atrás de mim. 

- Precisa de ajuda, senhorita?

Rapidamente me viro de frente para essa pessoa e eu vejo que é um homem alto e forte. Seus cabelos são pretos e seus olhos escuros estão fixados nos meus. 

- Não... – Respondo um pouco assustada. – Só estava caminhando aqui perto do muro. 

- E pensou em pulá-lo? Não sei se você sabe, mas invadir propriedade privada é crime. 

- Não, eu não ia invadir. – Penso em algo. – A verdade é que eu estava caminhando, quando eu vi dois homens desconhecidos na rua, eles pareciam estar me seguindo, então eu fiquei com medo e corri até aqui e ia pular o muro para me esconder. 

Nesse momento, o olhar do homem muda de fuzilador para acolhedor. Parece que ele acreditou na minha história. Ainda bem, pois não quero problemas para o meu lado. Nesse instante, vejo o homem sorrir e em seguida ele fala:

- Não foi isso que eu vi nas câmaras de segurança, senhorita. Eu vi você caminhando tranquilamente pela lateral e aqui nos fundos eu vi claramente uma tentativa de invasão, que talvez até daria certo se eu não chegasse a tempo. Desse modo, você precisa me acompanhar. 

Nesse momento, ele dá um passo em minha direção e eu recuo. Ao fazer isso, eu sinto o muro em minhas costas. Droga! Estou encurralada. Se ele der mais um passo em minha direção, eu vou dar um soco na cara dele para conseguir sair correndo. 

- Por favor, me acompanhe, senhorita. – Ele volta a falar. 

- Eu não vou a lugar nenhum com você. Eu nem sei quem você é. 

- Eu vou falar mais uma vez e agora eu tenho certeza que você irá entender melhor. 

Ao falar isso, eu vejo ele colocar a mão em seu casaco e puxar a lateral dele para trás, o que deixa a mostra um revólver em sua cintura. 

- Por favor, me acompanhe, senhorita. – Ele fala com tranquilidade. 

- Para onde? – Eu pergunto ainda com os olhos arregalados para aquela arma. 

- Eu sabia que você iria entender. – Ele sorri e esconde o revólver com o casaco. – Você não queria entrar na casa? Então vamos entrar. – Ele intensifica o sorriso. 

- Por que? – Arrisco questionar. 

- Como eu disse, invadir propriedade particular é ilegal. Estou sendo gentil e para evitar que você cometa um crime, vou abrir a porta principal para você entrar. 

- Ok. – Eu começo a caminhar devagar e o homem se aproxima de mim e fala: 

- Não tente nenhuma gracinha, se não, você não terá a oportunidade de ser recepcionada pela anfitriã. 

Eu engulo seco e afirmo positivamente com a cabeça e acompanho o homem. Alguns instantes depois, eu já estava dentro da casa e eu observo atentamente o ambiente. 

- Sente-se, por favor. – O homem sorri direcionando a mão para o sofá. Eu apenas obedeço sem tirar os olhos dele. 

Nisso, ele sorri, pega o celular e liga para alguém. Quando a pessoa no outro lado atende, eu só ouço o homem dizer: "Você tem uma visita. Vou fazer companhia para ela até você chegar." Em seguida, ele desliga. 

- A anfitriã não vai demorar. – Ele fala olhando para mim. – Você quer um chá enquanto espera? – Ele sorri. 

- Não. Eu só quero ir embora o quanto antes. 

 - Compreensível. – Ele caminha de um lado para o outro. – O tempo que você vai ficar aqui dependerá muito do humor da nossa querida anfitriã. – Ele se senta. 

Mas que merda! Tenho certeza que a dona dessa casa é a (seu nome) e agora ela está vindo para cá. Sem dúvida esse homem é um dos capangas dela. Preciso ficar calma, afinal, esse homem está armado, mas sei que ele apenas irá fazer algo se eu reagir, então o melhor a se fazer é apenas obedecer.

Quando (seu nome) chegar, eu vou me desculpar e nós vamos entrar em um acordo e eu vou embora. Enquanto eu espero, o homem permanece sentado no sofá que está de frente para onde eu estou. Ele não tira os olhos de mim. 

Não sei exatamente quantos minutos se passaram, até que eu vejo (seu nome) entrar na casa. Ao me ver, ela sorri e vem até mim. 

- Olá, Cleo. É uma honra recebê-la na minha residência. – Ela se senta ao lado do homem. – Não gosto de deixar minhas visitas esperando, por isso, se eu soubesse que você viria, eu teria lhe aguardado com muito prazer. – Ela sorri. – Espero que o Jake tenha lhe recepcionado muito bem.

Poderosa chefonaOnde histórias criam vida. Descubra agora