Capítulo 41 - Mafiosos também choram

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Vou para o meu quarto e logo em seguida para a minha suíte, onde tomo um demorado banho de banheira para relaxar e para tentar não ficar pensando na conversa que recém tive com o Mattia. Em seguida, me visto e pego um livro e começo a lê-lo, mas leio apenas algumas páginas, pois não consigo me concentrar. Desse modo, largo o livro e pego meu celular e envio uma mensagem. 

S/N: Oi, Dan 🙂

Dan: Olá, minha donzela. Como você está?

S/N: Estou bem... Mas eu quero saber de uma coisa: já está com saudades de mim?

Dan: Não precisa nem perguntar! É claro que estou!

S/N: Não precisa mais! Arrume o quarto de hóspedes, pois amanhã mesmo estarei aí. 

Dan: É sério?

S/N: É sim. Obtive novas informações sobre o homem sem rosto, então retornarei para Duskwood para resolver essa questão. 

Dan: Que notícia maravilhosa, (seu nome). Você sabe que minha casa já está de portas abertas para você. 

S/N: Ótimo. Então até amanhã, Dan. 

Dan: Até logo, (seu nome) 😉

Ainda com o celular em minhas mãos, fico pensando nos últimos acontecimentos e fico aliviada ao saber que em breve essa história sobre o homem sem rosto acabará juntamente com todo o mistério que isso tudo causou. Começo a acessar algumas informações que Mattia e eu descobrirmos enquanto pesquisávamos sobre o desaparecimento de Hannah. Agora, sabendo a identidade do homem sem rosto, tudo passa a fazer total sentido. Abro a lista telefônica que Mattia conseguiu sobre as ligações que Hannah fez e recebeu no dia em que desapareceu e algo que havia passado despercebido por Mattia e por mim me chama a atenção: Alan. 

No mesmo instante, saio do meu quarto.

- Mattia! – Eu o chamo com a voz alterada. 

Vou até a sala onde encontro Mattia ainda sentado no sofá, da mesma maneira de quando eu sai, cerca de duas horas atrás. Ele permaneceu ali, imóvel, durante esse tempo todo. 

- Está tudo bem? – Eu pergunto me aproximando devagar. 

- Está sim. – Mattia responde baixando a cabeça para evitar contato visual. 

- Tem certeza?

Ele não responde, então eu me aproximo mais e coloco minha mão em seu queixo e delicadamente, levanto a cabeça dele. Nesse instante, eu vejo que seus olhos estão vermelhos, e isso causa um aperto em meu peito. 

- Mattia... Eu não queria te deixar triste... – Falo passando meus dedos em seu rosto. Muito menos magoa-lo. 

- Está tudo bem. – Ele funga e se recompõe. – Só estava pensando em tudo o que você me disse. – Ele força um sorriso. – O que você queria? 

- Mattia... Não está tudo bem... Nós podemos conversar mais sobre isso...

- Não precisa. Pelo menos não agora. Vamos conversar sobre o que lhe trouxe aqui. 

- Bom... Eu estava pensando sobre o homem sem rosto e revendo nossas descobertas... Então me chamou a atenção o fato de do dia do desaparecimento, Hannah recebeu a ligação de um tal de Alan... Esse nome lhe diz alguma coisa? 

- Alan... Alan... Esse nome não me é estranho... – Mattia estala o dedo enquanto pensa.

- Bernardi... – Eu falo. 

- Isso! Alan Bernardi! – Ele exclama. – Chamamos ele apenas pelo sobrenome que por um momento eu até esqueci qual é o primeiro nome dele – Mattia fala e em seguida me olha confuso. – Mas Bernardi, o motorista? 

Poderosa chefonaOnde histórias criam vida. Descubra agora