Capítulo 7 - Arrumando as malas

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Há duas grandes malas abertas em cima da minha cama e eu estou olhando para meu closet pensando em quais roupas eu irei levar. Até as roupas mais básicas que tenho são luxuosas. 

Não há problema nenhum em o pessoal do grupo saber que eu tenho muito dinheiro, a questão é se eles descobrirem que sou milionária, pois isso levará a questionamentos de como eu consigo tanto dinheiro.

De repente, ouço meu celular tocar. Vejo quem é e imediatamente eu atendo. Ao fazer isso, escuto uma voz zangada no outro lado:

- Minha fiore, (flor em italiano) no que você está se metendo? Eu vi o vídeo de uma moça expondo o seu número e dizendo que você está envolvida em um sequestro e assassinato.

- Foi tudo um mal entendido, papà (papai em italiano). Eu não tenho nada a ver com o sequestro daquela garota, muito menos com o corpo encontrado em Duskwood. Além do mais, o nome que ela divulgou no vídeo é o meu nome falso. 

- Isso não importa. Seu número é verdadeiro. Eu estava até agora resolvendo os problemas que aquele vídeo causou para os nossos negócios.

 - Eu juro que não tive culpa de nada, papà. E o vídeo não está mais no ar. 

- Não quero lamentações, minha fiore. Ser ou não ser culpada não muda em nada as consequências que coisas como essas geram em nosso meio. Eu nunca mais quero que isso se repita! 

- Pode deixar, papà. Eu vou dar um jeito na garota que divulgou o vídeo.

- Isso é o mínimo que eu espero. 

Ele encerra a ligação.

Agora eu tenho mais um motivo para ir à Duskwood. Lilly não só me irritou com aquele vídeo cheio de acusações falsas, como também prejudicou meus negócios. Isso tudo resultará em sérias consequências para ela, pois eu não vou perdoa-la. 

 Volto para meu closet e olho novamente para minhas roupas. 

Quando eu mandei uma mensagem para o grupo dizendo que eu estava indo para Duskwood, eles ficaram muito animados e ansiosos e Dan prontamente ofereceu sua casa para eu ficar. Já entendi quais são as intenções dele e eu aceitei, afinal, Dan tem um bom gosto para músicas e bebidas e, pelo que eu pude perceber, de todos eles, Dan é o que mais não segue as regras, o que parece ser perfeito para mim. 

Escolho algumas roupas e deixo escapar uma sorrisinho enquanto levo-as até às malas. Eles nem imaginam que eles fizeram amizade com uma mafiosa, nem passa pela cabeça de Dan que a futura hóspede dele já matou diversas pessoas inúteis. 

Antes de colocar as roupas na mala, eu pego uma chave, abro uma gaveta da cômoda, pego dois revólveres e munição e coloco no fundo de uma das malas e em seguida coloco minhas roupas por cima. Por mais que na minha casa na Alemanha tenha muitas armas e munições, é importante eu ter pelo menos um revólver ao meu alcance disponível, afinal, nunca sabemos quando será útil. 

Termino de arrumar minhas coisas e visto uma das roupas mais simples que eu tenho. 

Saio da minha suíte

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Saio da minha suíte. Quando estou descendo as escadas, encontro Mattia subindo as mesmas.

- O jatinho já está pronto. – Ele diz e para de caminhar. 

- Ótimo. Minhas malas estão na suíte. Estarei te esperando no jatinho. – Continuo descendo as escadas, me direcionando a saída da mansão. 

Algumas horas se passaram e Mattia e eu já estávamos em minha casa na Alemanha. 

Avisei o pessoal que eu já estava no país e eles se surpreenderam com tamanha rapidez para eu chegar. Eles questionaram onde eu estava, pois queriam ir em meu encontro. Eu apenas disse que não precisava e que era para eles me enviarem o endereço para qual eu deveria ir para me encontrar com eles. Diante disso, Cleo disse que todos estavam em sua casa, pois ela estava fazendo o jantar para me recepcionar e o restante estava ajudando-a. Dan e Richy insistiram em querer me buscar e após eu afirmar diversas vezes que não era necessário, Cleo me enviou o endereço de sua residência. 

Nesse instante, eu me direciono para Mattia e entrego uma das chaves da minha casa para ele e a chave de um carro.

- Cuide bem da minha casa, Jake. Qualquer coisa, me ligue imediatamente. Se você precisar sair, minha Ferrari está na garagem – Ele pega as chaves e me olha. 

- Quer que eu leve você?

- Não será necessário. Vou chamar um táxi como uma cidadã comum e da lei. 

Vejo ele dar um sorriso enquanto eu pego meu celular e chamo um táxi. 

Não demora muito para que vejo o táxi parar em frente a minha casa. Então Mattia pega as minhas malas e as coloca dentro do carro. Ao fazer isso, eu me aproximo de Mattia e dou um beijo intenso nele. 

- Até breve, Jake. – Eu sorrio e entro no táxi.

Poderosa chefonaOnde histórias criam vida. Descubra agora