Capítulo 31 - Encontro com a Lilly

934 104 86
                                    

S/N 

Estou sentada ao lado do Jake e de frente para a Cleo. Observo-a atentamente e ela não diz nenhuma palavra, nem tira os olhos de mim. 

- O que devo a honra da sua visita? – Questiono e sorrio. 

- Eu apenas estava caminhando aqui por perto e vi você saindo dessa casa. Fiquei curiosa e me aproximei um pouco. 

Eu me mantenho séria, balanço a cabeça positivamente e Jake sorri. 

- Você acredita que ela estava tão acanhada que estava tentando entrar pelo fundos? – Jake fala e me olha. 

- É mesmo? – Arqueio minhas sobrancelhas. 

- Sim, mas eu fui até lá para recepcioná-la e abri a porta principal para ela. 

- Cleo, não precisa ser tímida, você pode simplesmente solicitar para entrar nos locais. Não precisa invadir. – Eu sorrio e ela me olha confusa. 

- É que...

- Sabe, Cleo. – Eu a interrompo. – Se você estivesse em um filme de terror, você seria aquela pessoa que ouve um som estranho vindo do porão e vai lá ver o que é sem ligar as luzes ou pegar alguma arma. Aquela pessoa que se acha a corajosa, mas que na verdade seria a primeira a morrer. 

 - Olha, (seu nome)... – Ela tenta falar. 

- Isso é porque você está sempre metendo o nariz onde não deve.

- Eu não faço isso! – Cleo contesta. 

- Não!? Bom, primeiro você invadiu a oficina do Richy, depois você tentou invadir o porão do Phil. Você invadiu a casa da Lilly logo depois que ela desapareceu. Entrou no quarto que eu estou na casa do Dan para bisbilhotar minhas coisas e agora ia invadir a minha casa. É uma lista bem grande, você não acha?

- Eu não fiz isso por mal. Sempre foi para ajudar ou para descobrir algo. 

- Sério? Você fracassou em todas as suas tentativas de invasões. 

- Quase todas... – Ele fixa os olhos em mim. 

- O que você está tentando dizer? – Eu descruzo as pernas e me inclino para frente. 

- Que é melhor você deixar eu ir embora imediatamente, se não eu conto para todos o que eu descobri sobre você, Antonella. 

- Você está me ameaçando!? Que audaciosa... Jake? – Eu falo sem tirar os olhos de Cleo. – Você já sabe o que fazer. 

Nesse instante, Jake se levanta, vai até a Cleo e a puxa pelo braço, fazendo com que ela se levante. Como resposta, Cleo começa a gritar e a se debater, tentando se soltar, então Jake puxa o revólver se sua cintura e coloca na cabeça dela. 

- Quietinha, senhorita. – Ele fala e conduz Cleo até o porão e eu acompanho-os. 

Ao chegarmos lá, Jake obriga Cleo se sentar em uma cadeira e eu me aproximo dela. Nisso, ela pergunta:

- Por que vocês me trouxeram nesse lugar? 

 - Você errou ao me ameaçar, então eu te trouxe aqui, que é onde eu me divirto com as pessoas. – Digo essas palavras enquanto calço minhas luvas. 

- Se diverte? Como assim?

- Olha, Cleo, nós podemos resolver isso de forma tranquila ou de uma maneira bem dolorosa. Tudo dependerá do seu comportamento.

- Escuta aqui, garota. Se você me machucar, eu vou contar para todos que você está mentindo sobre o seu nome e que você esconde um revólver. 

Enquanto Cleo fala isso, ela se levanta e aponta o dedo indicador para mim. Então eu pego o dedo dela e, rapidamente, com a mão livre, pego uma faca do meu bolso e corto por completo o dedo. Ao fazer isso, Cleo grita de dor e antes mesmo que ela pudesse reagir, Jake vai até ela e algema os pulsos e os tornozelos dela. Em seguida, ele obriga ela sentar e amarra sua cintura na cadeira. 

- Eu não tolero ameaças. Além do mais, eu avisei que as coisas poderiam ser bem dolorosas. – Eu falo e jogo o dedo dela que estava na minha mão no colo da Cleo. 

- Socorro! Alguém me ajuda! – Cleo grita desesperadamente. 

- Pode gritar a vontade. Esse porão é a prova de som. – Eu olho para ela e sorrio. 

- É você, não é? – Ela começa a chorar. – É você e esse seu capanga que estão por trás de tudo. Vocês sequestraram a Hannah e...

- Olha só que engraçado, Jake. – Digo interrompendo a fala da Cleo. – A Lilly também achava que fomos nós quem sequestramos a Hannah. 

- A Lilly? Meu Deus! O que vocês fizeram com a Lilly? – Cleo pergunta aos gritos. 

- Se você fosse tão esperta como se acha, teria descoberto... – Eu faço uma pausa. – Mas não se preocupe, Cleo. Eu sou muito generosa e por isso logo vou deixar você fazer companhia para ela, afinal, ela deve estar tão sozinha no céu sem os amigos e a família dela... Além do mais, ouvi dizer que estão precisando de uma confeiteira no céu. 

- Você é uma psicopata! Sua doente, miserável. – Ela grita chorando e se debatendo, tentando se soltar. 

- Fica tranquila, Cleo... Você já ia morrer um dia, eu só vou antecipar o dia da sua morte. 

- Vai para o inferno, sua assassina! – Cleo grita. 

- Você fala demais, Cleo. Já cansei de ouvir sua voz. 

Nesse instante, eu abro a boca da Cleo, puxo a língua dela para fora e corto-a. Nisso, ela dá um grito ensurdecedor e eu vejo sangue escorrer de sua boca. 

- Problema resolvido. 

Dito isso, eu jogo a língua onde está o dedo dela e me abaixo para ficar na altura do rosto dela. 

- Se são Pedro não quiser abrir os portões do céu para você, desejo uma boa sorte na sua tentativa de invasão. Quem saiba, lá você tenha sucesso e consiga pular o portão. 

Ao dizer essas palavras, eu cravo a faca no peito dela e alguns instantes depois, percebo que não há mais vida em seu corpo.

Poderosa chefonaOnde histórias criam vida. Descubra agora